Igreja na Espanha desenvolve semana de espiritualidade sobre a dimensão estética da Fé
Zamorra – Espanha (Terça-feira, 19-04-2016, Gaudium Press) O Conselho Pontifício da Cultura no documento final da Assembleia Plenária celebrada em 2004 intitulado “Onde está teu Deus? A Fé Cristã diante da descrença religiosa”, recordava que “a beleza é uma via privilegiada para aproximar aos homens de Deus e saciar sua sede espiritual”.
Inspirando-se na dimensão estética da Fé Cristã, a arte e a beleza, desde a última segunda-feira, 18, até sexta, 22 de abril, se desenvolverá em Zamora, Espanha, a Semana de Espiritualidade “A beleza da Fé Cristã”; uma iniciativa organizada pelas delegações de Catequese e de Liturgia da Diocese de Zamora.
A Semana iniciou com a conferência “A beleza da Fé Cristã. Fundamentação Bíblica”, que ministrou o Padre Jesús Campos, pároco de San Lorenzo e diretor do Secretariado de Pastoral Universitária. Posteriormente, uma religiosa beneditina dirigiu a “Lectio Divina do salmo 44”.
Para esta terça-feira, 19, está prevista a intervenção do Padre Gaspar Hernández, reitor do Seminário Maior de Ávila e professor da Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia de Salamanca, que oferecerá a palestra “A Fé narrada na arte. A arte cristã”. Após esta conferência, se darão a conhecer as obras de arte que estão presentes no Catecismo “Testemunhas do Senhor”, publicado pela Conferência Episcopal Espanhola (CEE).
“A beleza do mistério litúrgico: ars celebrandi e mistagogia”, será o tema da terceira palestra que o Padre Narciso Jesús Lorenzo, delegado de Liturgia, apresentará no dia 20 de abril. Após ele será o turno da catequese mistagógica sobre o Sacramento do Batismo que ministrará o delegado diocesano de Catequese, Padre Francisco Ortega Vicente.
A semana de espiritualidade continuará no dia 21 com a conferência “A catequese do e no espaço litúrgico”, a cargo do Padre Santiago Martín, pároco de Villamarín de Campos. O evento, que vem sendo realizado no Seminário San Atilano, concluirá na sexta-feira, 22, com uma visita guiada no Museu Diocesano situado na igreja de São Tomé.
Como já recorda o documento do Conselho Pontifício da Cultura, a beleza, “como a verdade, é quem põem a alegria no coração dos homens, é fruto precioso que resiste ao tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração”.
É a beleza com sua linguagem simbólico -prossegue o texto do dicastério vaticano-, “capaz de fazer que os homens e mulheres de culturas diferentes se encontram em valores comuns, que, radicando-os em sua própria identidade antropológica e na experiência original de sua humanidade, permitem ao homem manter o coração aberto à fascinação do mistério absoluto”.
Neste caminho -segue o documento-, “a via da beleza aparece especialmente importante na liturgia. Quando a dimensão do sagrado, segundo as normas litúrgicas, se manifesta através das representações artísticas, o mistério celebrado conquista despertar aos indiferentes e interpelar os não crentes. A ‘via pulchritudinis’ se converte assim no caminho do gozo que se manifesta nas festas religiosas celebradas como encontros de Fé”. (GPE/EPC)
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