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Episcopado canadense reitera oposição ao “suicídio assistido”

Montreal – Canadá (Sexta-feira, 15/04/2016, Gaudium Press) – No Canadá, os bispos católicos reafirmam o caráter sagrado e a dignidade da vida humana.

O episcopado reagiu com rigor ao projeto de lei anunciado quinta-feira pelo governo do primeiro ministro Justin Trudeau que visa legalizar o suicídio, uma disposição da qual serão excluídos os menores e os deficientes mentais.

Em uma declaração anunciada hoje, os bispos sublinham que “o suicídio e a eutanásia são contrários à profunda inclinação natural do ser humano de viver e preservar a vida”.

Estas atitudes também contradizem a responsabilidade fundamental dos seres humanos de proteger uns aos outros, e melhorar a qualidade dos cuidados de saúde e serviços sociais que cada vida humana merece desde a concepção até a morte natural, ressaltam os eclesiásticos.

De acordo com os bispos, “esta lei é uma afronta à dignidade humana, uma erosão da solidariedade, e um perigo para todas as pessoas vulneráveis, especialmente os idosos, deficientes, enfermos e doentes que estão muitas vezes isoladas e marginalizadas”.

Além disso, paradoxalmente, afirmam os bispos canadenses, “a legislação atual está em total contradição com as iniciativas impetradas para combater os perigos e sofrimento de suicídio.”

De fato, a onda de suicídios que atinge jovens indígenas das comunidades ameríndias Inuit, no norte do Canadá, levou as autoridades locais a declarar estado de emergência.

Em comunidades aborígines, o suicídio é de cinco a sete vezes maior que a média nacional, um flagelo que é explicado pela pobreza, desemprego e o peso do passado.

Nas comunidades autóctones, o suicídio é de cinco a sete vezes maior que a média nacional.

Enquanto o Canadá enfrenta desafios morais e sociais, os bispos pedem aos legisladores federais, governos provinciais e territoriais, para que defendam a vida, que renovem esforços para garantir o acesso a cuidados paliativos e cuidados domiciliares. Pedem para proteger a liberdade de consciência dos profissionais de saúde e instituições com relação à eutanásia e ao suicídio assistido.

O Parlamento tem até o dia 6 de junho para dar sua opinião sobre o projeto de lei apresentado nesta quinta-feira. (JSG)

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