O Perdão será o tema do Dia do Seminário que se comemorará na Espanha
Madri – Espanha (Terça-feira, 23-02-2016, Gaudium Press) Sob o lema “Enviados a reconciliar” a Igreja na Espanha se prepara para celebrar o Dia do Seminário. O evento, que ocorre todos os anos no contexto da festa de São José -que se comemora no dia 19 de março-, nesta ocasião se realizará no dia 13 de março, para que a jornada não coincida com o domingo de Ramos.
A jornada -marcada no Ano Santo da Misericórdia- será ocasião para refletir sobre a temática do perdão a partir do Sacramento da Reconciliação, que é outorgado de mãos do sacerdote.
“‘Enviados a reconciliar’, o lema desta Campanha, além de um componente eminentemente moral de regeneração pessoal e comunitária, adquire hoje a riqueza de uma experiência autenticamente mística: trata-se de provocar que o homem que busca o que simplesmente anda perdido na indiferença, se encontre vitalmente com o Deus que nos revelou Jesus Cristo: o Pai da misericórdia, cujo rosto se fez visível em seu Filho encarnado”, recorda a Comissão Episcopal de Seminário e Universidades da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) na Reflexão Teológica que editou por ocasião do Dia do Seminário.
O que se propõem é chamar a atenção sobre o sacerdote e, por conseguinte, sobre os futuros presbíteros, que serão enviados por Deus para continuar sua missão na terra. Como se expõem na Reflexão Teológica: “O sacerdote é um amigo do Senhor chamado a continuar sua missão: construir o Reino de Deus. Como o Mestre, o discípulo, que sente sua debilidade com premente dor, sabe que sua missão se volta aos mais necessitados, para oferecer-lhes ‘a primeira misericórdia de Deus'”.
Em outro subsídio, desta vez na catequese para os adultos que a Comissão de Seminários e Universidades da CEE dispôs, se aprofunda no Sacramento da Reconciliação: “Consciente de nossas limitações, Jesus institui o sacramento da reconciliação. Neste sacramento outorga ao homem o perdão que nasce do amor de Deus e o capacita para responder ao encontro para o qual Deus sai em sua busca, aguardando esperançosamente que se produza, pois ‘haverá mais alegria no céu por um só pecador que se converta do que por noventa e nove justos que não necessitam converter-se”.
Neste material também se explica que o perdão, a misericórdia, não é algo que se impõem: “Se bem é verdade que Deus perdoa, também é fato de que a misericórdia divina não se impõem. O homem necessita cair na conta de como seus atos e atitudes concretas fazem que se dê as costas a Deus. Necessita ser consciente de que deve levantar-se e voltar à casa do Pai para receber seu abraço amoroso e misericordioso (…) O sacramento da reconciliação é uma graça divina que possibilitará o caminho de conversão que abarca toda a vida”.
Mais adiante também se faz uma pergunta: “Por que o sacramento da reconciliação precisa do sacerdote?”. Sobre a qual se responde: “Pois simplesmente porque Cristo quis continuar sua obra de cura e de salvação mediante a Igreja. E por isso a ela deixa a força de seu Espírito. Concretamente confia o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, o qual segue sendo realizado hoje pelos seus sucessores, os Bispos, e seus colaboradores, os sacerdotes”.
Prosseguindo no documento, que cita a Bula ‘Misericordiae Vultus’ com a qual o Papa convocou o Ano da Misericórdia, se explica que “mediante a reconciliação o sacerdote está chamado a ser ‘misericordioso como o Pai’ de uma forma privilegiada. O Sacerdote é, em definitivo, ‘o sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus com o pecador'”.
Igualmente, se manifesta que a confissão é um presente para quem pede o perdão de Deus mediante o sacerdote: “Para aquele que se aproxima do sacramento da reconciliação, a confissão é um verdadeiro presente divino que permite caminhar até Deus sentindo a paz interior da qual no fala o Papa. Então, quanto mais presente será para o sacerdote o sentir-se enviado por Deus para possibilitar esta reconciliação com os homens”.
O convite da Igreja Espanhola com o Dia do Seminário é o dar graças a Deus pelo dom do sacerdócio, que é “instrumento de sua misericórdia”; e é oportunidade para orar pelas vocações sacerdotais e fazer próprio o mandato de “pedir obreiros para sua messe, testemunhas misericordiosas do Amor de Deus”. (GPE/EPC)
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