Núncio Apostólico nos EUA aconselha vigilância sobre identidade católica das escolas
Washington – Estados Unidos (Quinta-feira, 19-11-2015, Gaudium Press) A educação católica foi o centro do discurso do Núncio Apostólico nos Estados Unidos, Dom Carlo Maria Vigano, aos Bispos do país, reunidos na Assembleia Plenária de outono da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos. O prelado pediu que os líderes educativos “retomem firme controle do elmo de suas instituições através das tormentas dos tempos presentes”.
Dom Vigano recordou o êxito da visita do Papa Francisco aos Estados Unidos e a exposição da beleza da Doutrina da Igreja no Encontro Mundial das Famílias, os dois eventos principais da Igreja em 2015. Daí, comparou a Igreja atual com a de suas origens, para descrever como os Bispos decidiram empregar a educação católica como a ferramenta para dar forma ao crescimento e desenvolvimento da Fé Católica no país.
“Estas escolas se fizeram fortalezas de sólida formação católica para todos esses jovens que tomariam seu lugar no futuro da América”, indicou o Núncio. A educação católica deve ser uma ferramenta na Nova Evangelização, sempre que se cumpra uma condição: “Esta força, que deveria encontrar-se na família e nas escolas, existirá somente na proporção à sua identidade católica”, pela qual deve fomentar-se o compromisso com a Verdade e não deixar-se levar por uma “civilização secularizada e cada vez mais pagã”.
Escolas católicas que ensinem a viver a Fé
Dom Vigano enunciou dois pontos principais de consideração: “a necessidade de dar particular atenção e cuidado às nossas instituições educacionais católicas para que recuperem o brilho de sua verdadeira identidade” e a motivação às Universidades Católicas a “ser fiéis ao título de ‘católicas’ que ostentam”.
O testemunho de Fé não se limita aos conteúdos acadêmicos, mas que se estende sobretudo à prática da Fé. “Nossos estudantes deveriam aprender como orar e como estar familiarizados com Cristo. Eles deveriam experimentar quão enriquecedor é o encontro com o pobre, com o enfermo, com o ancião e o imigrante”, recomendou. “Eles também deveriam experimentar junto com a grande qualidade da educação, a devoção inspiradora a Nossa Senhora e o amor pelas missões”.
“Que Deus nos dê a nós como mestres e modelos na Fé e a graça que necessitamos para ser sempre fiéis para nossa missão de renovar o espírito da evangelização”, concluiu. “Enquanto continuamos nossa jornada sabemos que não estamos sozinhos, que o firme apoio do povo de Deus está conosco”. O prelado recordou seu compromisso de proximidade na oração, o pensamento e a sincera gratidão “enquanto se pode estar aproximando o final de minha missão entre vocês”, devido a sua idade de 74 anos, a somente um ano de sua renúncia obrigatória. (GPE/EPC)
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