Encontro sobre peregrinação como experiência de misericórdia é realizado em Roma
Roma – Itália (Quarta-feira, 18-11-2015, Gaudium Press) Desde segunda-feira, 16, até esta quarta-feira, 18, ocorreu em Roma um encontro sobre a peregrinação como experiência da misericórdia. O evento acadêmico foi organizado pela Obra Romana das Peregrinações (ORP) como preparação para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia que começará no próximo dia 08 de dezembro, no aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II, e contou com a participação de sacerdotes, religiosos, religiosas e daqueles que trabalham na pastoral das peregrinações.
O encontro foi inaugurado na manhã da segunda-feira por Dom Liberio Andreatta, Vice-presidente e Administrador delegado da ORP, que saudou aos participantes e apresentou os trabalhos do evento. Após ele, seguiu a saudação de Franco Gabrielli, Prefeito de Roma.
Entre os conferencistas se contou com a especial participação do Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho da Cultura, que falou sobre “A peregrinação e a Misericórdia na Bíblia”. O purpurado, referindo-se à parábola do filho pródigo, que fala precisamente da Misericórdia do Pai, disse que a peregrinação diz do caminho até o encontro com Deus, do que não se volta sem ter vivenciado uma mudança, já que vem uma “conversão” ou, ao menos, “uma transformação no coração”.
Disse ainda que o lugar da peregrinação é de fato “um chamado a revisar as decisões da própria vida segundo a consciência” e “compreende a reconciliação”.
Desta maneira -prosseguiu o Cardeal-, “a misericórdia é uma experiência fundamental da peregrinação, tanto assim que a comunidade eclesial deve praticar neste período também certas obras espirituais e corporais, de alimentar aos famintos, dar de beber aos sedentos, dar de vestir aos nus, dar hospedagem ao forasteiro, visitar aos enfermos e encarcerados, porque a unidade de medida no juízo final, será quanto se amou”.
Sobre a misericórdia também falou o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, que disse que no Cristianismo “a misericórdia é a consciência de ser amados e perdoados por Deus”.
“O Novo Testamento considera a vida como uma peregrinação, e o cristianismo está chamado a manter uma certa distância daquilo que o circunda. Certamente não pelas leis da cidade em que vive ou pelas regras do estado de pertencença”. Isto porque “o cristão vive na terra como estrangeiro, obedece as leis vigentes, mas inspirado por uma lei superior”, acrescentou o Cardeal Parolin.
Também participaram deste encontro Dom Rino Fisichela, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização -dicastério vaticano a cargo da organização das atividades para o Ano Santo da Misericórdia-, que presidiu uma Missa com os participantes do evento na última segunda-feira. Igualmente esteve presente o Cardeal Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso.
O encontro foi encerrado com uma Santa Missa presidida na tarde da terça-feira, 17, pelo Cardeal Agostino Vallini, Vigário Geral do Papa para Diocese de Roma e Presidente da ORP.
Na manhã desta quarta-feira, os participantes do evento se encontraram com o Sumo Pontífice durante a tradicional Audiência Geral. (GPE/EPC)
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