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“Botafumeiro”: quando as orações do peregrino alcançam o coração de Deus

Santiago de Compostela – Espanha (Terça-feira, 07-07-2015, Gaudium Press) Nada emociona mais do que em uma Missa do peregrino na Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha, do que um “botafumeiro” – mais conhecido como incensário. Este é o comentário geral de muitos peregrinos que diariamente chegam ao lugar depois de caminhar centenas de quilômetros desde as diferentes ruas compostelanas até o túmulo onde se encontra o Apóstolo Santiago. Mas nem todos tem o privilégio de ver em ação o grande incensário que é guardado por séculos pela catedral espanhola, como ele funciona em algumas ocasiões durante o ano.

O “botafumeiro” é um dos símbolos mais conhecidos do templo compostelano: mede cerca de 1,50 metros, pesando 53 quilos, e se encontra suspenso a 20 metros de altura, podendo alcançar os 70 quilômetros quando é movido desde a cúpula central da Catedral. Para isso, é necessário um sistema de roldanas, além de um grupo de oito homens – chamado de os “tiraboleiros” -, responsável por exercer força para impulsioná-lo para os corredores do templo.

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De acordo com a tradição, o incensário foi elaborado graças a uma oferta do rei Luis XI da França, em 1400. Seu original, concebido em prata, foi roubado em 1809 em meio ao contexto da Guerra da Independência Espanhola. Mais tarde, foi construído um novo em latão, com revestimento em prata, que é o utilizado atualmente. Uma réplica deste foi entregue como presente ao Apóstolo Santiago em 1971, e até hoje permanece na Biblioteca Capitular da Catedral.

Assim como ocorre com os incensários, o “botafumeiro” é utilizado para fins litúrgicos da mesma maneira como o sacerdote utiliza um incensário no altar, com a diferença que este funciona unicamente durante as principais solenidades que tem lugar na Catedral de Santiago, logo ao iniciar a celebração eucarística, ou quando esta termina. (GPE/LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Catedral de Santiago de Compostela

 

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