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Bispo diocesano escreve sobre a vida de santidade de Albertina Berkenbrock

Florianópolis – Santa Catarina (Quinta-feira, 18-06-2015, Gaudium Press) Conhecida pelos fiéis catarinenses como “a nossa Albertina”, Albertina Berkenbrock, que ainda muito jovem, e de forma repentina, já possuía a fama de santidade devido sua vida dedicada à oração e devoção a Nossa Senhora, e que fora assassinada brutalmente aos 12 anos, foi o tema do artigo escrito pelo bispo de Tubarão, em Santa Catarina, Dom Jacinto Bergmann.Bispo diocesano escreve sobre a vida de santidade de Albertina Berkenbrock.jpg

Dom Jacinto contou que quando Albertina foi assassinada aos 12 anos, no dia 15 de junho de 1931, ela resistiu às tentações do empregado de seu pai, Maneco Palhoça, pois queria “preservar a sua pureza espiritual e corporal e defender a dignidade da mulher, por causa da Fé e da fidelidade a Deus. E ela o fez, heroicamente, como verdadeira mártir”.

“O martírio e a consequente fama de santidade espalharam-se rapidamente de maneira clara e convincente. Afinal, ela foi uma menina de grande sensibilidade para com Deus e com as coisas de Deus, para com o próximo e com as coisas do próximo. Isso se depreende, com nitidez, de sua vida, vivida na simplicidade dos seus tenros anos”, disse.

O prelado ressaltou que os pais da menina e seus familiares souberam educá-la com base nos princípios da Fé, do amor e da esperança, virtudes teologais da religião cristã. “Transmitiram-lhe, pela vida e pelo ensinamento, todas as verdades reveladas na Sagrada Escritura. E ela aprendeu a corresponder a tudo com grande generosidade de alma. Buscar em Deus inspiração e força para viver, tornou-se algo espontâneo”.

A jovem. Prosseguiu, rezava todos os dias, sempre mantendo em seu rosto o semblante de alegria, mesmo quando estava sozinha ou ao lado da família e da comunidade. Logo, aprendeu a participar ativamente da vida religiosa, em todos os seus aspectos.

“Quando chegou o tempo da catequese preparatória para os sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, Albertina chamou a atenção pela forma como se preparou: com muita diligência e grandeza de coração”, lembrou Dom Jacinto, citando, em seguida, que a “primeira confissão” da jovem “tornou-se porta aberta para se confessar frequentemente” e assim, manter acessa sua Fé.

“A ‘primeira comunhão’ foi uma experiência única, a tal ponto que ela própria afirmou: – ‘Foi o dia mais belo de minha vida!’. A partir de então, não deixou mais de participar da Eucaristia, tornando esse sacramento ‘fonte e cume de sua vida cristã’. Gostava de falar, na sua forma simples de expressar-se, do mistério eucarístico como experiência do amor de Deus, compreendendo que a Eucaristia é o memorial da morte e ressurreição de Jesus, ato supremo do amor redentor.”

A devoção filial a Nossa Senhora foi uma das características mais marcantes na vida de Albertina, uma vez que a venerava com carinho, tanto em casa como na capela da comunidade.

A formação cristã

Sobre esse assunto, Dom Jacinto enfatizou, embasado no exemplo da religiosa, que “a formação cristã, vivida e ensinada pela família, projetou em Albertina virtudes humanas extraordinárias: a bondade, a acolhida, a meiguice, a docilidade, o serviço. Teve uma obediência responsável; foi incansável nas atividades de trabalho e estudo; teve espírito de sacrifício; soube ter paciência, confiança e coragem”, sendo visíveis na convivência em casa, na comunidade, na escola e em outros ambientes os quais frequentava.

“Todas essas virtudes humanas e cristãs mostram que Albertina, apesar de sua pouca idade, foi uma pessoa impregnada da Trindade Santa. Correspondeu à vocação de santidade que recebeu no dia do batismo. Foi uma gigante de Fé, de amor e de esperança. Viveu os valores do Evangelho de modo admirável”, acrescentou.

No final de seu artigo, o bispo de Tubarão declarou que a Diocese catarinense e a Igreja do Brasil “podem orgulhar-se em apresentar uma jovem como modelo de santidade para a juventude dos tempos de hoje e de sempre: a Bem-Aventurada Abertina”. (LMI)

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