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70 bispos alertam: Caminho Sinodal Alemão levará ao cisma

Depois dos bispos poloneses e nórdicos, agora também os bispos americanos e africanos, incluindo quatro cardeais, enviaram uma carta aberta aos bispos alemães com suas objeções ao chamado Caminho Sinodal.  

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Redação (13/04/2022 09:40, Gaudium Press) Mais de 70 bispos de todo o mundo – entre eles quatro Cardeais – apresentaram uma “carta fraterna” aos bispos alemães, na qual expressam sua profunda preocupação com um possível cisma devido ao rumo que segue o chamado Caminho Sinodal Alemão. A Carta foi assinada pelos cardeais Francis Arinze, Raymond Burke, George Pell e Wilfred Napier.

Os bispos constatam a confusão que o Caminho Sinodal tem causado entre os fiéis católicos, devido também às facilidades de comunicação de hoje que permitem que os conteúdos sejam conhecidos rapidamente e em diversos lugares .

As objeções feitas ao Caminho Sinodal –processo que começou em dezembro de 2019, do qual participam bispos e leigos, e que aborda várias questões, incluindo moral sexual, sacerdócio etc. – são muito claros e contundentes:

“Ignorando o Espírito Santo e o Evangelho…”

“Ignorando o Espírito Santo e desrespeitando o Evangelho, as ações do Caminho Sinodal minam a credibilidade da autoridade da Igreja – incluindo a do Papa Francisco -, a antropologia cristã e a moral sexual, e a confiança nas Sagradas Escrituras”, afirmam no primeiro ponto da Carta.

Eles também expressam que os textos do Caminho Sinodal “parecem ser muito mais inspirados por análises sociológicas e políticas contemporâneas, incluindo a ideologia de gênero, do que pelas Sagradas Escrituras e a Tradição”.

Com efeito, eles se baseiam numa falsa compreensão da liberdade, que confunde autonomia com a verdadeira liberdade, que está sempre ligada à verdade. A alegria do Evangelho parece estar completamente ausente das discussões e dos textos do Caminho Sinodal. O trabalho deste organismo é criticado como “burocrático, compulsivamente crítico e introspectivo”.

Sobre as análises do “poder” dentro da Igreja, que faz o Caminho Sinodal, os bispos afirmam que esta é “uma comunidade orgânica que não é igualitária, mas familiar, complementar e hierárquica”, e que a concepção que faz o caminho sinodal desse poder “sugere um espírito fundamentalmente contrário à natureza real da vida cristã”.

Por fim, os bispos signatários concluem que o “exemplo destrutivo” do Caminho Sinodal fará com que bispos e leigos desconfiem da própria ideia de sinodalidade.

 

 

 

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