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Convocação do Jubileu será na Porta Santa da Basílica de São Pedro, sábado

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 10-04-2015, Gaudium Press) – Durante a vigília do Domingo da Misericórdia, no próximo sábado, 11 de abril, o Papa Francisco deverá entregar a seis representantes da Igreja em todo o mundo uma cópia da bula papal “Misericordiae Vultus”, segundo informa o VIS, Serviço de Informação do Vaticano. Bula Papal- selo - lacre.jpg

A “Misericordiae vultus” (Rosto de Misericórdia) é o documento papal com o qual o Santo Padre convoca oficialmente o Jubileu Extraordinário sobre a Misericórdia Divina que vai de dezembro 2015 a novembro de 2016.

O documento vai ser entregue simbolicamente a “representantes da Igreja no mundo”, diante da Porta Santa da Basílica de São Pedro, que vai ser aberta pela primeira vez desde o ano 2000.

Na ocasião, deverão receber cópias da “Misericordiae vultus” os quatro arciprestes das Basílicas Papais de Roma: cardeal Angelo Comastri, da Basílica de São Pedro; cardeal Agostino Vallini, da Basílica de São João de Latrão; cardeal James Michael Harvey, da Basílica de São Paulo fora dos muros; cardeal Santos Abril y Castelló, da Basílica de Santa Maria Maior.

Além dos arciprestes, receberão cópias da mesma bula o Cardeal Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos; o Cardeal Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos; o Cardeal Sandri, da Congregação para as Igrejas Orientais.

O Arcebispo Savio Hon Tai-Fai, Secretário de Propaganda Fidei, representando todo o Oriente; o Bispo Barthélemy Adoukonou, Secretário do Pontifício Conselho para a Cultura, representando o continente africano; e Dom Khaled Ayad Bishay, da Igreja patriarcal de Alexandria, dos Coptas, representando as Igrejas Orientais.

A cerimônia

O rito da publicação prevê a leitura de algumas passagens da bula diante da Porta Santa, na qual o Papa vai estar acompanhado pelos cardeais.

Esta porta, que é aberta apenas durante o Ano Santo, permanece fechada nos outros períodos. Existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria maior.

O rito inicial mostra simbolicamente que aos fiéis está sendo oferecido, durante o jubileu, um caminho extraordinário para a salvação. Por isso mesmo deve ser necessário um comunicado feito oficialmente pela Santa Sé.

O Jubileu da Misericórdia foi anunciado pelo Papa no último dia 13 de março. Com ele efetua-se a realização do 29.º jubileu na história da Igreja Católica que terá um Ano Santo extraordinário voltado para a temática da Misericórdia divina. O Ano Santo será realizado entre 8 de dezembro e 20 de novembro de 2016.

Os Anos Santos

A tradição da realização dos Anos Santos foi iniciada na Igreja Católica pelo Papa Bonifácio VIII, no ano de 1300. Foi a partir de 1475 que determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos.

Já houve 26 Anos Santos ordinários e dois extraordinários: em 1933, convocado por Pio XI e 1983 sob o Pontificado de João Paulo II.

O jubileu tem suas raízes no ano sabático dos hebreus.

Ele “consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.

Para a obtenção dessas indulgências estão relacionadas à realização de certas obras espirituais e penitenciais, que podem ser peregrinações, esmolas, visitas a igrejas, obras de caridade.

A bula convocatória indica as datas de início e encerramento do jubileu e a forma como o mesmo vai desenrolar-se.

O termo ‘bula’, que vem do latim ‘bulla’, quer dizer “um objeto redondo”. Esse nome indicava originalmente a cápsula metálica que era utilizada para proteger o selo de cera que se unia a um documento de especial importância, para certificar a sua autenticidade.

Com o tempo, o “objeto redondo” passou a indicar primeiro o selo, lacre, e depois passou a designar o próprio documento. (JSG)

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