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Fiéis cingaleses preparam peregrinação a santuário mariano

Colombo (Segunda, 03-08-2009, Gaudium Press/RV) O episcopado católico do Sri Lanka estima em 250 mil o número de peregrinos que deverão visitar o santuário mariano Nossa Senhora de Madhu, localizado 220 quilômetros ao norte da capital Colombo, até o dia 15 de agosto, festa da Assunção de Nossa Senhora. A peregrinação ao templo é uma tradição de mais de 400 anos dos católicos locais.

Este ano os fiéis deverão pedir pela reconciliação do país, recém-saído de um intenso conflito étnico que durou 26 anos e deixou mais de 70 mil mortos. No conflito, rebeldes separatistas dos Tigres Tâmeis enfrentavam forças governamentais pela independência do norte e leste do país. Em maio deste ano, o governo cingalês declarou o fim da guerra, após a morte do líder do grupo, Velupillai Prabhakaran.

Para chegar ao santuário, os fiéis deverão passar por uma zona onde ainda se encontram milhares de refugiados do conflito. A região, antes sob controle dos Tigres Tâmeis, agora conta com a garantia do governo cingalês de proteção e livre acesso de pessoas.

Os organizadores da peregrinação acreditam que esta será uma oportunidade para levar conforto aos que mesmo com o fim da guerra ainda se encontram em situação difícil e precária, como os refugiados, e também à boa pare da população, que vive abaixo da linha da pobreza. Eles afirmam que os peregrinos irão para pedir a intercessão de Maria “na recomposição do tecido social e moral do país, dilacerado pelo ódio, pela violência e pelo luto”.

A situação dos refugiados permanece crítica. O sacerdote jesuíta Lasantha De Abrew, que trabalha no “Centre for Social Concern”, explica que a água potável continua faltando, os banheiros são poucos e doenças estão se propagando. “Os centros de acolhimento são construídos com critérios casuais. As pessoas não têm relação com o exterior: podem encontrar os parentes somente por poucos minutos. Mas o maior sofrimento é não saber se voltarão para suas casas. Infelizmente, eles perderam a esperança”, afirmou.

 

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