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"Que a Igreja esteja sempre mais a serviço das pessoas", diz o Bispo de Uruguaiana

Uruguaiana – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 10/03/2015, Gaudium Press) Dom Aloísio A. Dilli, Bispo da Diocese de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, afirma em seu mais recente artigo que continuamos no tempo da Quaresma, uma oportunidade especial para buscarmos conversão de vida, segundo o projeto de Jesus. Para ele, um dos desafios de mudança de vida se relaciona com nossos irmãos e irmãs: é tempo de Campanha da Fraternidade.DOM ALOÍSIO-URUGUAIANA.jpg

De acordo com o Prelado, com CF, que tem como tema “Fraternidade, Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para servir”, a Igreja deseja retomar o sentido original de nossa vida de batizados, que nos introduziu na família de Deus, como filhos do mesmo Pai e irmãos entre nós. Ele explica que o tema escolhido deseja rever, atualizar e aprofundar a presença e atuação da Igreja na sociedade.

O Bispo recorda que o Papa Francisco fala em uma Igreja “em saída”, que vai ao encontro das pessoas, onde elas vivem, trabalham e sofrem para oferecer-lhes a misericórdia do Pai que se deu a conhecer em Jesus Cristo. Conforme ele, a Igreja não quer guardar para si o que Deus oferece para todos, pois o próprio Jesus não ficou em Nazaré, esperando que o povo o procurasse aí, mas foi ao seu encontro.

“A Igreja, no espírito do Concílio Vaticano II, deseja dialogar e colaborar com a sociedade, colocando à disposição os valores do Evangelho, mesmo respeitando o diferente; dispõe-se a servir, não a mandar ou a apossar-se da sociedade. Isso não significa renunciar à própria identidade, com seus princípios de fé e da moral cristã. Seu objetivo é colocar-se a serviço da vida para todos, apresentando Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida”, analisa.

Além disso, Dom Dilli ressalta que, inspirados nas falas e no testemunho do Papa Francisco, o tempo da Campanha da Fraternidade nos remete às periferias existenciais, onde vivem muitas pessoas à margem da existência, apenas sobrevivendo e não vivendo e convivendo, sem o direito à realização como seres humanos.

Por fim, o Prelado ainda destaca que estes devem ser os preferidos da Igreja, porque são os mais necessitados, independentemente de sua situação religiosa e/ou moral, visando sempre superar a miséria e resgatar a dignidade humana. Dentro deste campo, o Bispo nos lembra um alerta feito pelo Papa Francisco: no sentido da evangelização, “não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração” (EG 262).

O bispo convida a elevarmos nossa prece a Deus para que a Igreja esteja sempre mais a serviço de todas as pessoas. “Para que, ao servir, participe da construção de uma sociedade mais justa, fraterna, solidária e pacífica, edificando o Reino de Deus”, conclui. (FB)

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