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"Saibamos redescobrir a sacralidade de nosso templo", diz o Bispo de Novo Hamburgo

Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Quarta-Feira, 04/03/2015, Gaudium Press) Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, afirma em seu mais recente artigo que neste terceiro domingo da Quaresma, a Igreja nos coloca diante dos mandamentos da Lei de Deus, para que cada cristão possa fazer a renovação de sua aliança com o Senhor.dom_zeno.jpg

Segundo o Prelado, os mandamentos são como que as cláusulas da aliança ou as condições que nos dão a certeza de que Deus vai continuar sempre ao nosso lado, para nos proteger e acompanhar, desde que cada um de nós faça a sua parte, que consiste precisamente em observar os dez mandamentos.

“É importante observar que, no texto do Êxodo, o dia santificado é o sábado. É o sétimo dia, já que a semana começava com a primeira feira. Mas, a partir da Ressurreição do Senhor, no dia depois do sábado, este passou a ser chamado ‘Dies Domini’, isto é, Dia do Senhor, ou então domingo, o dia santificado dos cristãos”, explica.

Ainda de acordo com o Bispo, na segunda leitura, São Paulo aos Coríntios faz a grande afirmação de sua teologia e centro de sua obra evangelizadora: “Nós pregamos o Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. Ele agora está vivo entre nós” (1 Cor 1,23). Este é Paulo, o grande convertido e que assumiu Jesus Cristo, como centro e ponto de partida de toda a sua obra missionária no mundo.

Dom Zeno destaca também que o Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma nos apresenta um Jesus profundamente humano e indignado diante do que estava vendo e assistindo: o templo de Deus estava transformado numa casa de negócios, de câmbios e cheio de moedas, rolando dinheiro; Jesus então fez um chicote de cordas e expulsou os vendilhões do templo.

“Trata-se de uma cena que teve importância decisiva no processo de condenação e morte do Senhor. Lá, no tribunal de Pilatos, foram apresentados os argumentos contra Jesus: ele destruiria o templo de Deus e em três dias o reedificaria de novo”, completa.

Por fim, o Bispo afirma que São João até anota que tudo isto aconteceu quando já estava próxima a páscoa e muitos autores modernos colocam esta cena como aquela que atropelou o processo de condenação. No entanto, conforme o Prelado, o único evangelista que trata desta questão é São João, e tudo indica que o evangelista viu em tudo isto uma previsão profética a respeito da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Para Dom Zeno, Jesus há muito tempo sabia que ele teria que passar pela condenação, morte de Cruz e ressurreição.

“Que nós todos saibamos redescobrir a sacralidade de nosso templo e de nossas igrejas, precisamente neste tempo de Quaresma, quando queremos trabalhar a nossa própria conversão e nos aproximar deste Cristo que mais uma vez morre e ressuscita por nós. Todos nós precisamos também zelar pela segurança de nossos templos e das pessoas que o frequentam”, conclui. (FB)

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