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Estatísticas dos EUA provam que famílias numerosas são celeiros de religiosos

Washington – Estados Unidos (Quarta-feira, 18-02-2015, Gaudium Press) As estatísticas e os estudos são ferramentas importantes para fazer um diagnóstico da realidade. Apesar que suas limitações impedirem ver todos os aspectos de um assunto determinado -mais ainda no campo da vida espiritual- os dados que oferecem contribuem para identificar tendências e avaliar resultados de ações e iniciativas. Por este motivo a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) encarrega a cada ano várias avaliações de diferentes aspectos pastorais. O seu Secretariado de Clero, Vida Consagrada e Vocações recebeu o mais recente relatório sobre as características dos novos membros das congregações religiosas, com interessantes resultados como a comprovação que as famílias numerosas oferecem à Igreja a maioria das vocações à vida religiosa.

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O estudo foi encarregado ao Centro para a Investigação Aplicada no Apostolado da Universidade de Georgetown, Estados Unidos e constitui uma sonda nacional dos religiosos, homens e mulheres, “que professaram seus votos perpétuos em 2014 em uma congregação religiosa, província ou mosteiro baseado nos Estados Unidos”. Uma das descobertas mais chamativas é o novo perfil do religioso norte-americano no momento de fazer seus votos perpétuos: Tem 37 anos, nasceu nos Estados Unidos, provêm de nascimento de uma família católica, tem três ou mais irmãos e desde antes de ser religioso rezava habitualmente o Santo Rosário e participava na Adoração Eucarística.

Onde germinam as vocações religiosas?

Distinguir os ambientes nos quais se produzem as vocações é de grande importância para sua promoção, especialmente diante de sua marcada redução nos últimos anos. A família se torna protagonista desta análise. As famílias católicas nas quais ambos pais professam a Fé e educam nela a seus filhos desde o nascimento respondem por 83% das vocações exitosas, e 56% dos novos religiosos tem três ou mais irmãos. Apenas 8% dos novos professos são filhos únicos e 12% tem apenas um irmão. Apesar de ser uma clara minoria na atualidade, as famílias com cinco ou mais filhos oferecem 21% dos novos professos da vida religiosa nos Estados Unidos.

Sobre a educação, a eleição de instituições católicas se mostra como um fator influente. Por volta de 42% dos religiosos de 2014 cursaram o primário em uma instituição católica, 31% cursaram o ensino médio em escolas católicas (diante 22% dos católicos dos EUA) e 34% uma universidade católica. Isto é ainda mais importante para os homens, já que 46% dos religiosos receberam educação em uma universidade católica diante de 27% das religiosas).

Com segurança, a prática da Fé e a vinculação às atividades da Igreja marca um fator determinante para as vocações religiosas atuais. 73% dos religiosos participava na liturgia como coroinha, 72% do total de religiosos e religiosas rezava com regularidade o Santo Rosário antes de ingressar em uma congregação e 73% participava de atividades de Adoração Eucarística. Por volta de 59% dos entrevistados afirmou ter recebido direção espiritual. A grande maioria, 88%, já havia servido em algum ministério da Igreja antes de ser religioso, sendo o mais comum o de leitor (50%) e formador na Fé ou catequista (47%).

Em média, os professos de 2014 começaram a considerar sua vocação religiosa na idade de 19 anos, mas a metade já o havia feito quanto tinham 18 ou menos. 49% foram motivados por um sacerdote de sua paróquia, 47% por um religioso e 44% por um amigo. A mãe figura como promotora da vocação religiosa em 25% dos casos e o pai em 15%. Pai e mãe foram um obstáculo para a vocação nas mesmas porcentagens, mas em 36% dos casos outros parentes tentaram dissuadir aos religiosos de sua vocação. Em 14% dos entrevistados, quem tentou dissuadi-los de seguir a vida religiosa foi um sacerdote ou um religioso. (GPE/EPC)

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