"É preciso favorecer o crescimento de uma cultura da paz", diz o Bispo de Erexim
Erexim – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 13/02/2015, Gaudium Press) Dom José Gislon, Bispo da Diocese de Erexim, no Estado do Rio Grande do Sul, escreveu o artigo “Brincar e valorizar a vida”. No texto, ele afirma que no calendário anual, que, praticamente está presente em todas as casas, pendurado na parede, ou no local de trabalho sobre a mesa, estão assinaladas várias datas, diríamos um pouco especiais, porque em geral despertam o nosso interesse em querer saber se tal feriado, seja ele de caráter civil ou religioso, vai ser no domingo ou durante a semana.
Segundo o Prelado, ficamos torcendo, para desespero de certos setores da economia, para que seja na sexta-feira ou na segunda-feira, a fim de se ter um final de semana prolongado. No entanto, ele afirma que tudo isso não conta quando se trata do carnaval, não é celebrado nem na sexta-feira, nem na segunda-feira, mas sempre na terça-feira.
“Sendo assim, é melhor começar a festejar na sexta-feira, porque o prolongado final de semana só acaba na madrugada da quarta-feira de cinzas. É quando muitos foliões, lamentando a brevidade da noite e a pressa do dia em querer ofuscar o brilho da fantasia, vagarosamente vão em busca de um lugar para repousar”, analisa.
Ainda de acordo com o Bispo, o povo brasileiro, formado pela mistura de raças, tem muitos valores que o distinguem no cenário internacional e isso é muito positivo, pois nos enche de orgulho. Porém, ele salienta que esse mesmo povo que festeja o carnaval ao som de tantos ritmos diferentes, também tem contra-valores, ou melhor, forma uma sociedade que no geral é muito violenta e pouco valoriza a vida.
Dom José explica que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) proclamou o ano de 2015 como o Ano da Paz, com o intuito de levar o poder público e a sociedade em geral a refletir sobre a violência que está presente na vida do povo brasileiro, violência que agride principalmente os nossos jovens, tirando-lhes a vida, destruindo os sonhos e esperanças que cultivam em relação ao amanhã.
Para concluir, ele ressalta que no período do carnaval é comum o aumento do índice de violência, roubando não só a alegria do rosto da folia, mas também fazendo com que o sorriso dê lugar às lágrimas em muitas famílias.
“Precisamos juntos trabalhar para favorecermos o crescimento de uma cultura da paz, que valorize a vida. Que o carnaval seja recordado pelos nossos jovens e pelas famílias pela alegria que proporcionar, não por vidas que tirar.” (FB)
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