Visitantes poderão provar os produtos do campo que alimenta o Papa em Castelgandolfo
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 09-01-2015, Gaudium Press) A histórica residência de verão dos Papas, localizada em Castelgandolfo, Itália, não só conta com belos espaços de descanso com jardins e monumentos, mas também alberga uma granja onde se produzem de forma tradicional os alimentos que chegam à mesa dos Pontífices e seus colaboradores no Vaticano. Diante da grande acolhida pela abertura dos jardins pontifícios da Villa Papal, a Santa Sé consideraria a possibilidade de abrir ao público sua granja, a qual poderia contar com visitas guiadas e inclusive degustações dos alimentos que ali se elaboram.
“Por que não? Também existe a possibilidade de degustar nossos produtos”, comentou à agência La Presse o diretor das Villas Pontifícias, Osvaldo Gianoli. A granja criada por iniciativa do Papa Pio XI conta com galinhas “ruspanti” (que são criadas ao ar livre), avestruzes, pavões, coelhos e 80 vacas. Os alimentos produzidos são enviados diretamente para a Casa Santa Marta na qual reside atualmente o Pontífice e para a loja localizada no interior do Vaticano.
Apesar de não se tratar de uma granja orgânica certificada, os produtos como batatas, abobrinhas e tomates se cultivam de forma tradicional e sem fertilizantes químicos, os quais se empregam unicamente em caso de grande necessidade. Na granja se elaboram também derivados lácteos como iogurte, manteiga, queijos frescos e mussarela, entre outros.
O complexo de Castelgandolfo conta com um tamanho maior do que a Cidade do Vaticano e corresponde aos terrenos da residência de campo do imperador Domiciano, os quais ficaram em desuso e foram outorgados à Igreja como beneficio associado à Basílica de São João Batista no século IV. Os Pontífices unicamente tomaram posse do lugar em 1596, e em 1604 foi declarado patrimônio inalienável da Santa Sé.
O primeiro Papa a residir temporariamente em Castelgandolfo foi Urbano VIII e a este Pontífice se atribui grande parte de sua adequação inicial, a qual se somaram reformas posteriores e a aquisição de prédios contíguos até chegar a suas dimensões atuais. (GPE/EPC)
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