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"O amor ou é concreto na vida ou não existe", diz o Bispo de Joinville

Joinville – Santa Catarina (Segunda-Feira, 08/12/2014, Gaudium Press) Dom Irineu Roque Scherer, Bispo da Diocese de Joinville, no Estado de Santa Catarina, escreveu o artigo “Natal com o espírito das crianças”. No início do texto, ele pergunta: Quem não conhece o cântico do “Natal, Natal das crianças, Natal das noites de luz, Natal da estrela guia, Natal do Menino Jesus…”? Para o Prelado, o espírito natalino, se bem vivido, é fantástico.dom Irineu Scherer.jpg

De acordo com Dom Scherer, a família se reúne e as crianças dão o tom da festa, pois interpelam os mais velhos com suas perguntas curiosas, observam o presépio, querem saber o porquê da presença do boi e da vaca, dos pastores e das ovelhas, dos reis magos e dos anjos, do Menino Jesus, de Maria e de José. E, para o Bispo, é importante saber dar respostas sábias às crianças, fazê-las pensar e saber levá-las à essência da verdadeira celebração do Natal.

“Por natureza, todos nós nos sentimos atraídos pelo espírito natalino. Nos leva a uma preparação interior, voltando-nos mais para as coisas de Deus. E as palavras não nos saciam, é preciso que façamos uma confissão restauradora, que nos voltemos para uma oração de intimidade, para o espírito da ação concreta e samaritana, ajudando os pequenos e injustiçados. Que o espírito se torne vida, ou seja, o amor ou é concreto na vida, ou não existe”, acrescenta.

O Mestre já dizia: “Quem não tem espírito de criança, não entra no Reino dos céus”. Pois bem, para o Prelado, Jesus fala do espírito da inocência e da pureza, do espírito da simplicidade e da sinceridade, do espírito da confiança e da alegria. Segundo ele, é o clima do Menino Deus entre nós, que não é a presença de uma virtude especial, mas de uma pessoa.

“Nós, com os nossos olhos, não o vemos, mas Ele está entre nós e sonda o nosso pensamento. Cada palpitar do nosso coração conhece toda adesão da nossa alma. Está em todos, envolve a todos, ajuda, ilumina, estimula cada um e todos juntos”, destaca.

Outra questão abordada pelo Bispo é que o melhor Natal é aquele onde Ele está e ocupa o primeiro lugar, pois Cristo age, como agiu quando estava na Palestina, embora de modo diferente, mas com a mesma força. Conforme ele, hoje Jesus quer entrar nas fábricas, nas escolas, nas casas, onde quer que seja e tornar cada ambiente sagrado.

“Os acontecimentos realmente grandes nascem de pequenas coisas. Como Jesus nasceu em Belém, em uma manjedoura, assim hoje pode renascer entre dois ou três: dois ou mais jovens, duas ou mais moças, duas ou mais mulheres, entre mãe e filho, nora e sogra: dois ou mais.”

Para concluir, Dom Gislon afirma que o clima de Natal se constrói e as crianças entram no meio, e quanto mais os adultos entram na verdadeira essência do Natal, melhor é, pois as crianças acompanham e fazem ecoar o seu espírito.

“A mente não sabe o que é o espírito de criança, porque não tem coração. Ela deve se esvaziar e dar chance ao coração, para que se abra e abrace, cante e dance, vá ao encontro e aqueça, busque e encontre, ofereça e sacie, cante e sorria, ame o pobre e o cubra de dons”, finaliza. (FB)

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