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Cardeal Zen afirma que o ateísmo é a maior ameaça da Ásia

Roma – Itália (Terça-feira, 25-11-2014, Gaudium Press) Em meio de um simpósio sobre a Igreja na Ásia ocorrido em Roma, o Cardeal Joseph Zen, Bispo emérito de Hong Kong, afirmou que o ateísmo é a maior ameaça que o continente enfrenta e exortou a pregar o Evangelho com esforço para emendar os danos causados pela oposição a Deus. As fortes palavras do purpurado também incluíram uma expresão de sua desconfiança na possibilidade de restaurar as relações entre a Santa Sé e a China, que em sua opinião não está disposta a mudar suas políticas, gravemente contrárias a liberdade religiosa.

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Cardenal Joseph Zen , Bispo emérito de
Hong Kong. Foto: Mike Chan.

Sobre o tema “A missão na Ásia: de João Paulo II ao Papa Francisco”, o Cardeal Zen indicou que a Igreja em Hong Kong cumpre uma importante função de proclamar os valores em um contexto nacional de limitações a liberdade religiosa e violações aos direitos humanos. “É o que estamos fazendo em Hong Kong. Ainda que somos parte da China, ainda temos liberdade de expressão assim que temos que falar”, indicou, afirmando que a Igreja deve preservar em sua missão ainda que não veja resultados imediatos.

Sobre os desafios do continente, o purpurado explicou a CNA que o maior deles é “O ateísmo humanista”; pessoas que opõem Deus ao homem e o homem a Deus”. Esta filosofia foi inculcada de maneira obrigatória e violenta durante a chamada “revolução cultural” chinesa em meados do século XX e continua causando danos. “Esse comunismo destruiu todos os valores humanos”, assegurou o Cardeal Zen. “Para salvar os valores humanos teremos que trabalhar duro para estender a Boa Notícia de Jesus Cristo. Temos que pregar a Deus porque só Deus pode salvar o homem.”

Sobre o trabalho diplomático que desenvolve a Santa Sé para garantir a liberdade de ação da Igreja ao redor do mundo, o purpurado se mostrou cético sobre a disposição das autoridades chinesas a uma eventual restauração das relações formais. “Não vejo nenhuma probabilidade de êxito porque seguramente o manipularão, porque não há nenhum sinal de boa vontade por parte da China”.

As palavras do Cardeal se sustentam em grande variedade de fatos recentes, desde a detenção do Bispo Auxiliar de Shanghai, Dom Thaddeus Ma Daqin, por causa de sua renúncia a um cargo oficialista no momento de sua ordenação episcopal em julho de 2012 e a recente detenção de seis meses do Bispo de Jiangxi, Dom John Peng Weizhao, até a onda de demolições de edifícios e símbolos religiosos em Wenzhou. As políticas gravemente restritivas à Igreja continuam e poderão estender-se à Diocese de Hong Kong se esta cidade perder a autonomia concedida por sua qualidade anterior de protetorado britânico. (GPE/EPC)

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