Milhares de pessoas participam da procissão da Virgem do Carmo no Chile

Iquique (Sexta, 17-07-2009, Gaudium Press) Uma massa de fiéis e peregrinos formada por mais de três mil pessoas, que começaram a chegar ainda no dia 15, participou das comemorações pela Virgem do Carmo, na província chilena de Tarapacá. A proibição do Ministério da Saúde que impediu o público de se reunir no Santuário da Tirana – por conta da gripe A – não desanimou. A imagem da Santa foi tirada da paróquia e levada para a rua ontem, quando foi recebida e venerada pelos fiéis.

O evento, um dois mais populares do Chile, reuniu muito menos pessoas neste ano do que em ocasiões anteriores – em algumas, reuniu 300 mil.

Às 9h (horário local) a procissão com a imagem, acompanhada por uma banda do Exército Chileno, partiu rumo à praça Bernardo O’Higgins, onde foi recebida por mais uma leva de fiéis. Às 11h, o bispo da diocese de Iquique, monsenhor Marco Antonio Órdenes, em companhia da Cúria diocesana, presidiu a eucaristia, na presença de autoridades civis e políticas da região e das Forças Armadas.

Em sua homilía, o religioso disse que a ocasião servia principalmente para aclamar a Virgem ‘como aquela mulher a quem entregamos nosso atributo, nossa dança (…) hoje também lhe entregamos nossa pena, nossa dor por não poder celebrar a glória do Carmelo (referencia ao Monte que originou o nome da Virgem) no Santuário’.

A grandeza da Virgem, segundo o bispo, decorre de sua “felicidade em escutar a palavra do Senhor e colocá-la em prática”, o que foi apontado por Cristo no Evangelho. “Nisso também consiste a grandeza dos que desejam ser discípulos de Jesus.

Caminho de volta

Já no fim do dia, às 16h, a procissão fez o caminho de volta rumo à catedral. Carregando também uma imagem de Jesus, a multidão avançou lentamente pela rua ao ritmo andino de tambores, bumbos, caixas de música, e trompetes.

Turistas, fiéis e civis tiveram a atenção tomada pela multidão que se aglutinava nas ruas aos gritos de ‘viva a carmelita, viva Nossa Senhora de Tarapacá’.