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“Nos comove ver a visita do Papa a Coreia do Sul”, diz Cardeal Cipriani

Lima – Peru (Quarta-feira, 20-08-2014, Gaudium Press) Durante o programa radiofônico “Diálogo de Fé” realizado no último sábado, 16, o Cardeal Arcebispo de Lima, Dom Juan Luis Cipriani Thorne, refletiu sobre a importância de dar testemunho da Fé até a morte, no marco da visita do Papa Francisco a Coreia do Sul por ocasião da Beatificação de 124 mártires coreanos. 

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“Nos comove ver a visita do Papa a Coreia do Sul. O motivo da viagem é a beatificação de 123 mártires junto com Pablo Yun Ji-chung, que com sua morte deram testemunho da Fé e do amor a Cristo. É muito bonito contemplar hoje como o Papa quer ressaltar que a Igreja é um constante chamado a paixão, morte e ressurreição. A Igreja é um convite para a vida eterna”, expressou.

“Não esqueçamos que nossa religião nasceu em 300 anos de martírio. Ponhamos a Cruz de Cristo no centro de nossas almas, vidas e pensamentos. A vida com Cristo é de esforço, de entrega, é uma alternativa diante desse mundo de hoje materialista”, continuou.

Além disso, o Cardeal Juan Luis recordou a importância dos leigos na Igreja.

“A Coreia chegou a Fé pelos leigos. Isto faz ver a importância da vocação à santidade dos leigos. Na Coreia Jesus Cristo chegou através de pessoas comuns e correntes, não de sacerdotes nem de religiosas. A Igreja tem muitas luzes em meio da escuridão, segue sendo uma terra onde saem missionários e mártires que anunciam a Cristo e a Maria Santíssima com muita Fé. Não tenham medo do sacrifício para ser fiéis a esses valores que Cristo deixou na terra”, assinalou.

O martírio ordinário

O Arcebispo de Lima também recordou que todos os fiéis vivem um martírio ordinário nas dificuldades que lhes são apresentadas e tem que as superar todos os dias.

“Todos vamos por esse caminho de ir pouco a pouco morrendo ao pecado, a mentira ou ao puro prazer. O mártir entrega sua vida porque crê na eternidade. É o momento para que todos confirmemos os valores cristãos e os custodiemos ainda que nos matem. Quando te excluem por razão de tuas ideias ou valores é uma sociedade enferma. A grande maioria terá um pequeno martírio na saúde, com uma situação com tua esposa ou com teus pais, situações muito duras”, referiu.

“O caminho de Deus é de saúde e de enfermidade, mas se amas a tua mulher, aos teu pais, aos teus filhos, não há pedras no caminho, porque há um amor superior. Mas se não segues o plano de Deus não fará felicidade: se te divorcias, busca outra mulher, não vais a Missa porque a sentes distante e começa um abandono. O vemos muito de perto: quantos lares se dividem em quatro?, ou vem um dinheiro e corrompe a esse jovem, ou vem um senhor que promove a droga e leva aos filhos pelo caminho da droga, ou vem um espetáculo pornográfico e logo temos aos filhos vendo essa porcaria”, prosseguiu. (GPE/EPC)

 

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