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"Deus quer contar com pessoas humanas", diz o Arcebispo de Maringá

Maringá – Paraná (Terça-Feira, 19/08/2014, Gaudium Press) Dom Anuar Battisti, Arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, escreveu um artigo, intitulado “Despertem o mundo”, em que ele fala sobre os religiosos e religiosas. Ele recorda as palavras do Papa Francisco “Despertem o mundo. Sejam testemunhos de uma forma diferente de fazer as coisas, de agir, de viver! É possível viver neste mundo de forma diferente.

Ainda de acordo com o Pontífice, “estamos falando de uma perspectiva escatológica, dos valores do Reino aqui encarnados sobre esta terra. Trata-se de deixar todas as coisas para seguir ao Senhor. Não, não quero dizer radical. A radicalidade evangélica não é apenas para os religiosos: ela é exigida de todos. Porém, os religiosos seguem ao Senhor de forma especial, seguem-no profeticamente. É este testemunho que espero de vocês”.

O Papa fez este convite: “Deverão ser testemunhas reais de um modo diferente de ser e agir. Mas, na vida, é difícil as coisas sempre serem claras; precisas, bem delineadas. A vida é complicada, consistindo de graça e pecado. Aquele que não peca não é humano. Todos cometemos erros e precisamos reconhecer nossas fraquezas. Um religioso que se reconhece como fraco e pecador não nega o testemunho ao qual é chamado a dar; pelo contrário, ele a reforça, e isso é bom para todos. O que espero de vocês é, pois, dar testemunho. Quero este testemunho especial por parte dos religiosos”.

Segundo o Prelado, as palavras de Francisco deixam claro que Deus quer contar com pessoas humanas, gente de carne e osso, que apesar dos limites humanos são chamados a dar testemunho de que um mundo novo é possível.
Dom Battisti lembra que no apostolado dos jovens o Papa recomendava de forma decisiva: “Aqueles que trabalham com os jovens não podem se contentar em dizer coisas engessadas e estruturadas, como num tratado; estas coisas entram por um ouvido e saem pelo outro. Precisamos de uma nova linguagem, de uma nova maneira de dizer as coisas. Hoje Deus nos pede isto: deixar o ninho em que nos encerramos para sermos enviados. O cumprimento do mandamento evangélico ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura, imitar a Jesus, que costumava ir a todas as regiões periféricas. Jesus foi a todas elas, visitou cada uma delas”.

O Papa pergunta: “Qual é a prioridade da vida consagrada?”. E em seguida, ele mesmo responde: “A profecia do Reino, ser profetas, e não em brincar de sê-lo. Os religiosos e as religiosas são homens e mulheres que iluminam o futuro. Precisamos recuperar a ternura, incluindo a ternura materna. A ternura ajuda a superar os conflitos. A fraternidade religiosa é uma experiência de amor que vai além dos conflitos”.

Para o Pontífice, os conflitos comunitários são inevitáveis: de certo modo, eles precisam ocorrer, caso a comunidade esteja verdadeiramente vivendo relações sinceras e honestas. “Não faz sentido pensar em uma comunidade na qual haja irmãos que não vivenciam dificuldades em suas vidas. A realidade dita que existam conflitos em todas as famílias e grupos humanos. Uma vida sem conflitos não é vida”, completa Francisco.

Por fim, o Arcebispo agradece a todos os religiosos e religiosas que atuam em Maringá. Ele convida a todos para continuar a missão de acordar o mundo, com o testemunho de vida evangélica, dentro dos carismas que Deus derramou em nossos corações. “Continuemos firmes na oração suplicante pelas vocações de especial consagração. Queridas famílias vamos perseverar na oração, para que não faltem operários na vinha do Senhor”, conclui. (FB)

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