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50 mil jovens ministrantes são recebidos no Vaticano

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 06-08-2014, Gaudium Press) – 50 mil ministrantes ou coroinhas vindos de países de língua germânica encontraram-se com o Papa Francisco no final da tarde de terça-feira, na Praça São Pedro.

Após a celebração das Vésperas e a saudação do presidente da Conferência Episcopal alemã ao Santo Padre, o Papa Francisco dirigiu algumas palavras aos jovens ministrantes e respondeu perguntas feitas por eles.

O tema da peregrinação dos coroinhas foi “Livres! Porque é lícito fazer o bem”. E o Papa lembrou-se dele em sua homilia afirmando que o Senhor quer pessoas livres. “Deus nos mostra que Ele é o bom Pai”. E mostra isso pela encarnação de seu Filho. Através de Jesus “podemos entender aquilo que Deus verdadeiramente quer:

“Ele quer pessoas humanas livres, a fim de que se sintam como filhas de um bom Pai. Para realizar esse desígnio, Deus precisa somente de uma pessoa humana. Precisa de uma mulher, uma mãe, que coloque o Filho no mundo. Ela é a Virgem Maria, que honramos com essa celebração vespertina. Maria foi totalmente livre. Em sua liberdade disse sim.”

Após a homilia, os jovens fizeram perguntas ao Papa. Uma delas foi: Como os jovens podem ser mais protagonistas na vida da Igreja?

Francisco respondeu afirmando que o “mundo precisa de pessoas que testemunhem aos outros que Deus nos ama”. Não basta “colocar-se a serviço do bem comum oferecendo coisas necessárias para a existência”, como o alimento, as vestes, os cuidados médicos, a instrução, a informação e a justiça.

“Nós, discípulos do Senhor, temos uma missão a mais: a de sermos ‘canais’ que transmitem o amor de Jesus. E nessa missão, vocês, adolescentes e jovens, têm um papel particular. Vocês são chamados a falar sobre Jesus a seus coetâneos, não somente no seio da comunidade paroquial ou da associação de vocês, mas sobretudo aos de fora. Este é um compromisso reservado especialmente a vocês, porque com a coragem, o entusiasmo de vocês, a espontaneidade e a facilidade para o encontro podem chegar mais facilmente à mente e ao coração daqueles que se distanciaram do Senhor.”

E o Papa continuou com sua resposta: “Muitos adolescentes e jovens da idade de vocês têm uma imensa necessidade de alguém que com a própria vida lhes diga que Jesus nos conhece, nos ama, nos perdoa, partilha conosco nossas dificuldades e nos sustenta com a sua graça”:

“Mas para falar aos outros de Jesus -ressaltou Francisco- é preciso conhecê-lo e amá-lo, fazer experiência d’Ele na oração, na escuta de sua Palavra. Nisso vocês são facilitados pelo serviço litúrgico que prestam, que lhes permite estar próximo de Jesus Palavra e Pão da vida. Dou-lhes um conselho: o Evangelho que vocês ouvem na liturgia, releiam-no pessoalmente, em silêncio, e apliquem-no à vida de vocês; e com o amor de Cristo, recebido na santa Comunhão, você podem colocá-lo em prática. O Senhor chama cada um de vocês a trabalhar em seu campo; chama-os a serem alegres protagonistas de sua Igreja, prontos a comunicar a seus amigos aquilo que Ele lhes comunicou.”

Outro ministrante perguntou:

Como experimentar que a fé significa liberdade?

O Papa respondeu que de Deus recebemos o grande dom da liberdade. “Se não é exercida bem, porém, a liberdade pode nos levar para longe de Deus, pode fazer-nos perder a dignidade da qual Ele nos revestiu. Por isso são necessárias orientações, indicações e também regras, tanto na sociedade quanto na Igreja, para ajudar-nos a fazer a vontade de Deus, vivendo assim segundo a nossa dignidade de homens e de filhos de Deus. Quando não é plasmada pelo Evangelho, a liberdade pode transformar-se em escravidão: a escravidão do pecado.”

O Papa ainda aconselhou aos 50 mil ministrantes:

“Caros adolescentes e jovens, não usem mal a liberdade de vocês! Não desperdicem a grande (graça de) ser filhos de Deus que lhes foi dada! Se Seguirem Jesus e o seu Evangelho, suas vidas desabrocharão como uma planta em flor, e dará frutos bons e abundantes! Vocês encontrarão a alegria autêntica, porque Ele nos quer homens e mulheres plenamente felizes e realizados. Somente aderindo à vontade de Deus podemos realizar o bem e ser luz do mundo e sal da terra.” (JSG)

Da Redação, com informações Radio Vaticano

 

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