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A Missa é entediante?, uma resposta do Cardeal Thimothy Dolan

Nova York – Estados Unidos (Terça-feira, 05-08-2014, Gaudium Press) Os católicos de todo o mundo tem o dever de cumprir os mandamentos de consagrar o dia de domingo ao culto a Deus, especificamente através da assistência obrigatória à Eucaristia. No entanto, este dever é às vezes objeto de protesto por parte de crianças, jovens ou adultos que julgam o sacramento como uma atividade “entediante”. “A Missa é tão chata!”, é a expressão que tem escutado o Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York (Estados Unidos), e que analisou em um artigo em seu blog pessoal publicado no dia 21 de julho. “O que temos a dizer sobre esta desafortunada e quase sacrílega afirmação?”.

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A resposta do Cardeal é firme: “Bom, antes de tudo, temos que dizer: Não, não é!. Você pode achar entediante a Eucaristia, mas isto é mais seu problema do que uma falha da Missa”. O purpurado explicou que esta sensação pode ser proveniente do fato de não compreender adequadamente o sentido e a importância do sacramento, pelo qual se busca na Eucaristia o que não é. Muitas atividades de grande importância não são “divertidas” e não por isso podem ser descartadas. Atividades como as eleições ou os tratamentos médicos “são muito significativos para nosso bem estar, e seu valor dificilmente depende de nosso prazer enquanto as desenvolvemos. A Missa é mais importante para a saúde de nossa alma que estes exemplos”.

“O entediamento é nosso problema”, comentou o Cardeal, que relacionou a queixa sobre a baixa concentração exemplificada em hábitos de ouvir fragmentos de trinta segundos de som, ou mudar o canal do televisor logo que se sente um leve tédio. “Graças a Deus a importância de uma pessoa ou um evento não depende de sua tendência a ‘aborrecer-nos’ às vezes. As pessoas e os eventos significativos não existem para entreter-nos, a menos de que sejamos crianças narcisistas e malcriadas!”

Isto é, segundo o Arcebispo, particularmente certo sobre o Sacrifício da Missa: “nós cremos que cada missa é a renovação do evento mais importante e crítico que ocorreu: o eterno e infinito sacrifício de louvor de Deus Filho, Jesus, a Deus Pai, em uma Cruz no Calvário em uma sexta-feira que chamamos de Santa”. A disposição dos fiéis lhes permite admirar este valor ou assistir com a indiferença dos soldados romanos que “estavam ‘entediados’ e zombavam de Jesus jogando sobre a sua túnica, a única propriedade que Ele tinha”.

É Cristo quem realiza a Eucaristia

O Cardeal Dolan reconheceu que vários aspectos podem ajudar a participar melhor na Eucaristia como a beleza das flores no altar, a qualidade da música, a homilia bem pregada ou o clima de amizade da comunidade. No entanto, motivou a descobrir o valor do sacramento inclusive quando existam falências nestes campos. “A Eucaristia faz seu trabalho inclusive quando todo o anterior falta, e tristemente sucede!”.

“A Eucaristia não trata de nós, mas de Deus”, recordou o purpurado, que animou a recordar que “por uma hora no domingo somos parte do ‘mais além’, somos elevados ao eterno, participantes de um mistério, quando nos unimos a Jesus na ação de graças, o amor, a súplica de perdão e o sacrifício que Ele eternamente oferece a seu Pai. A Missa não é uma tarefa entediantes que fazemos para Deus, mas um milagre que Jesus faz com e para nós”.

Como um exemplo adicional, o Cardeal recordou o testemunho de uma família que sempre ceiava aos domingos na casa dos avós e que manteve seu costume apesar das dores e eventuais deficiências da avó no momento de cozinhar. Isto porque o valor desse costume não era o sabor da comida ou o entretenimento da conversa, mas o acompanhar a seus parentes até o momento de sua morte. Os pais que levaram os seus filhos a esta ceia agora a oferecem e esperam que eles mantenham a tradição e tragam a suas famílias para visitá-los também.

Por último, o Cardeal Dolan recordou que o tédio é algo subjetivo e que há pessoas que podem chatear-se em um espetáculo esportivo ou em um concerto, “e há pessoas que me dizem que valores como a amizade, o trabalho voluntário, a família, a lealdade, a generosidade e o patriotismo estão ‘fora de moda’ e já não são emocionantes. Eu diria que eles tem um problema!, concluiu. “E outros me dizem que a Missa é chata…”. (GPE/EPC)

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