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Por inclusão social, Igreja argentina adere a pacto convocado por presidente

Buenos Aires (Segunda, 13-07-2009, Gaudium Press/RV) Domínios da Igreja Católica argentina, capitaneados pela Conferência Episcopal do país, decidiu atender ao chamado da presidente Cristina Kirchner por um pacto para discutir importantes reformas à nação. A Igreja argentina considerou que a inclusão social não pode ficar fora da agenda dessas medidas, e aponta como exemplo dado de que cerca de 40% da população ainda está na pobreza.

A presidente argentina convocou um diálogo com todos os setores argentinos, para discutir uma ampla reforma política e institucional. “É necessário convocar e ouvir todos porque os partidos são o fundamento da democracia”, disse Cristina Kirchner.

De acordo com o presidente da Comissão de Pastoral Social e bispo de San Isidoro, dom Jorge Pedro Casaretto Alcides, a convocatória feita pela presidente surpreendeu “muito positivamente” porque “há muito tempo a Igreja vinha pedindo um diálogo, para chegar a consensos que se traduzam em políticas públicas”.

Ainda segundo o bispo, em entrevista concedida nesta segunda ao jornal ‘El Clarín’, “isso exige um clima espiritual, porque não se trata de falar, mas de predisposição para valorizar e reconhecer o que o outro diz”.

Dom Cassaretto Alcides acredita que, agora, o ambiente para se chegar a um acordo seja mais propício pois, segundo ele, “os políticos não estão hoje tão desprestigiados como naquela época (crise de 2001, quando, afundado em dívidas, desemprego e desconfiança de investidores, o país ‘quebrou’)”.

Nesse sentido, afirmou que a inclusão social deve ser um assunto prioritário no diálogo dos partidos políticos, no momento em que a pobreza afeta 40% da população argentina. “Esses foram os últimos dados que coletamos. Depois da diminuição do índice de pobreza, no final da crise, o fenômeno voltou a crescer a partir da segunda metade de 2007, situação que denunciamos na época e que provocou mal-estar”.

Por fim, dom Casaretto Alcides pediu que a oposição aborde temas prioritários para a Argentina, ao invés de falar de candidaturas presidenciais para 2011

“Falta muito para isso. Seria estéril se a oposição se concentrasse nesse tema, ao invés de colaborar para resolver os temas mais urgentes do país”.

 

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