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“A presença de um exorcista em uma Diocese é importantíssima”, afirma Padre Francisco Bamonte

Roma – Itália (Segunda-feira, 07-07-2014, Gaudium Press) O Padre Francisco Bamonte, exorcista da Diocese de Roma e presidente da Associação Internacional de Exorcistas -a qual recebeu recentemente o reconhecimento jurídico por parte da Congregação para o Clero- falou com a Rádio Vaticano sobre seu ministério exorcístico, a importância do mesmo, sua atualidade, e o magistério do Papa Francisco relativo ao tema.

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Ressalta o Padre Bamonte que “ao longo da história da Igreja ainda não havia se constituído uma Associação Internacional de Exorcistas: isto também é um sinal dos tempos! O Espírito Santo, em resposta às necessidades particulares de nossa época, suscitou a consciência cada vez mais viva na Igreja, de que entre os mandatos que Jesus Cristo deu à Igreja mesma, está também aquele de expulsar demônios em seu nome”.

Sobre os fins da Associação, o sacerdote exorcista mencionou os seguintes:

– Promover a primeira formação básica e a posterior formação permanente de exorcistas;

– Fomentar as reuniões entre os exorcistas em especial nos âmbitos nacional e internacional, para compartilhar suas experiências e refletir juntos sobre o ministério que lhes foi confiado.

– Promover a integração do ministério do exorcista na dimensão comunitária e na atenção pastoral ordinária da Igreja local.

– Promover o conhecimento correto deste ministério no Povo de Deus.

– Promover os estudos sobre o exorcismo em seus aspectos dogmáticos, bíblicos, litúrgicos, históricos, pastorais e espirituais.

– Promover a colaboração com especialistas em medicina e psiquiatria, que também sejam competentes nas realidades espirituais.

Muito importante é a resposta dada pelo Padre sobre a conveniência e necessidade da presença de um sacerdote na Diocese:

“A presença de um sacerdote exorcista em uma Diocese é muito importante. A falta dela, de fato, aos poucos faz com que as pessoas recorram aos magos, adivinhos, bruxas, seitas.

“Se considera então como um vão temos o que se as pessoas sabem da existência e a atividade de um exorcista em uma Diocese, são mais facilmente induzidas a acreditar que são vítimas da possessão diabólica. A primeira preocupação de qualquer exorcista com sentido comum é evitar a criação ou o mantimento da ilusão de uma possessão, quando não existe.

“O exorcista é, antes de tudo, um evangelizador e um sacerdote, por que qualquer que seja a origem do mal que aflige aos que se aproximam dele -seja ou não uma forma autêntica de ação extraordinária do demônio- se empenha em inculcar a serenidade, a paz, a confiança em Deus e a esperança em sua graça. E ali onde realmente se estabelece um caso de possessão diabólica, acompanhar aqueles irmãos e irmãs que estão sofrendo por causa do maligno, com humildade, Fé e caridade, para apoiá-los na luta, para alentá-los no duro caminho da libertação e para reavivar neles a esperança”.

Sobre o magistério do Papa Francisco acerca do demônio, o presidente da Associação Internacional de Exorcistas diz que o fundamento do mesmo é a própria Sagrada Escritura, pois “o Papa Francisco exorta a não esquecer o que a própria Sagrada Escritura nos diz, isto é que os demônios existem: os anjos são criados bons por deus, [alguns] se transformaram em malvados, por livre escolha, rejeitaram a deus e seu reino, dando assim origem ao inferno”. E continua falando da ação específica dos demônios, a nível pessoal e comunitário.

“A imagem da Igreja ‘como um hospital da campanha, que cura as feridas de todos’, tal como foi representada pelo Papa Francisco, parece particularmente adequada para a tarefa que se confiou aos exorcistas; de fato, eles estão chamados a ser o bom samaritano Jesus descreve em detalhes na parábola, o resgate dos irmãos dilacerados e oprimidos pelo maligno”.

Como ações preventivas contra a ação do demônio, o sacerdote recomenda a leitura e meditação da Palavra de Deus, o Rosário, a devoção à Virgem “a qual é particularmente odiada” pelo demônio, a confissão frequente. (GPE/EPC)

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