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Para rezar o terço, Católicos da Coreia do Norte, fingem contar sementes

Roma (Quarta-feira, 02-07-2014, Gaudium Press) – A situação da Igreja na Coreia do Norte é uma das mais difíceis do mundo. Os poucos cristãos ali existentes vivem sua Fé às escondidas.

As perseguições começaram no final da II Guerra Mundial, e persistem até hoje. “Em 1945, por ocasião da divisão das duas Coreias, Pyongyang era conhecida como a ‘Jerusalém da Ásia’. Nela viviam 50 mil católicos”, afirma Marta Petrosillo que pertence a uma organização de ajuda à Igreja necessitada.

Mas a situação na atualidade mudou radicalmente. Na Coreia do Norte pratica-se um culto absoluto para com família Kim que dirige o pais desde o final dos anos 40.
Marta Petrosillo diz que na Coreia, “qualquer outra religião fica excluída. Acredita-se que no país 10 mil pessoas conservem a Fé católica, em sua maioria, pessoas idosas.”

25% dos cristãos que ficaram no país foram internados em campos de concentração com trabalhos forçados e em condições sub humanas e com torturas. Os que escaparam disso viram-se obrigados a viver sua Fé na clandestinidade.

“Alguns dos que conseguiram fugir da Coreia do Norte ainda se recordam como, à noite, as senhoras idosas sentavam-se em círculos e se punham a rezar o terço fingindo contar sementes de feijão”, comenta Marta Petrosillo que procura com sua organização denunciar a situação na Coreia do Norte como sendo uma das mais dramáticas e menos conhecidas. Uma vez que o impressionante fechamento do governo é um grande obstáculo para se conhecer a realidade do que acontece dentro de suas fronteiras, comentou a ativista. (JSG)

Da Redação, com informações Rome Reports

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