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"Deus quer a salvação de todos", afirma o Bispo Emérito de Passo Fundo

Passo Fundo – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 01/07/2014, Gaudium Press) Dom Urbano Allgayer, Bispo Emérito da Arquidiocese de Passo Fundo, no Estado do Rio Grande do Sul, refletiu em seu mais recente artigo sobre o tema “Adultos e crianças falecidos sem o Batismo”. O Prelado destaca que, em 2005, uma Comissão Teológica Internacional reestudou o tema, a partir da afirmação bíblica de que Deus quer a salvação de todos, de vez que Cristo morreu por todos os seres humanos.

De acordo com o Bispo, a reflexão teológica, além do Batismo do “renascimento pela água e pelo Espírito”, ensina que o Batismo do sangue e o Batismo do desejo também redimem. Ele afirma que a maioria das pessoas morrem sem o Batismo, uma vez que os cristãos constituem hoje somente a terça parte da espécie humana.

“Entre não-cristãos há pessoas e grupos que vivem corretamente, rezam, praticam o bem, embora desconhecendo, sem culpa própria, o Evangelho de Cristo e sua Igreja”, avalia.

Dom Allgayer cita o Catecismo da Igreja Católica, que ensina: “Todo homem que, desconhecendo o Evangelho e a Igreja, procura a verdade e pratica a vontade de Deus segundo o seu conhecimento de Deus, pode ser salvo. Pode se supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo, se tivessem tido o conhecimento da necessidade dele” (CIC 1261).

Por fim, o Prelado levanta o seguinte questionamento: Qual será o destino das crianças mortas sem Batismo? Segundo ele, na catequese antiga se presumia que iriam para o limbo, um lugar onde gozariam de uma espécie de paraíso aprazível, onde iriam usufruir de todas as alegrias naturais, mas sem a visão de Deus, o supremo benefício da bem-aventurança eterna das pessoas batizadas falecidas em estado de graça santificante, livres de pecado mortal.

Ele salienta que, com relação ao Batismo, o Catecismo da Igreja observa: “Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, que quer a salvação de todos os homens, e a ternura de Jesus para com as crianças, que o levaram a dizer ‘Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais’, nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo. Eis por que é tão premente o apelo da Igreja de não impedir as crianças de virem a Cristo pelo dom do santo Batismo” (CIC nº 1261). (FB)

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