“Lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente”

Jerusalém (Segunda-feira, 26-05-2014, Gaudium Press) O Santo Padre presidiu a Celebração Eucarística com os Ordinários da Terra Santa e o Séquito papal nesta segunda-feira, 26, no Cenáculo de Jerusalém, encerrando suas atividades em sua primeira peregrinação à Terra Santa.

Ao entrar no templo, o Papa foi saudado pelo Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa, que recordou “que a abertura à evangelização missionária de São Francisco tomou asas a partir da Terra da nossa redenção e a Igreja confirmou a nossa missão de custódios dos Lugares Santos”.

Durante sua homilia, traçou um “horizonte do Cenáculo, o horizonte do Ressuscitado e da Igreja” onde ela nasceu e onde “partiu, com o Pão repartido nas mãos, as chagas de Jesus nos olhos e o Espírito de amor no coração”.

Segundo o Santo Padre, do Cenáculo, “partiu a Igreja em saída, animada pelo sopro vital do Espírito”.

“O Cenáculo recorda-nos o serviço, o lava-pés que Jesus realizou como exemplo a seus discípulos”, lembrou.

O Papa Francisco prosseguiu: “lavar os pés uns aos outros significa acolher-se, aceitar-se, amar-se, servir-se reciprocamente. Quer dizer servir o pobre, o doente, o marginalizado”. O Cenáculo, observou ainda, também nos recorda a “Eucaristia, o sacrifício”, e na celebração eucarística, “oferecemos a Deus toda a nossa vida, o nosso trabalho, as nossas alegrias e penas”.

Além disso, o Pontífice destacou que “o Senhor faz de nós seus amigos, confia-nos a vontade do Pai entregando-a”, sendo esta “a experiência mais bela do cristão e, de modo particular, do sacerdote: tornar-se amigo do Senhor Jesus”.

“Jesus não nos deixa, nunca nos abandona, vai à nossa frente na Casa do Pai; e para lá, nos quer levar consigo.”

Para o Santo Padre, o Cenáculo recorda-nos também a partilha, a fraternidade, a harmonia e a paz entre nós, bem como “o nascimento de uma nova família, a Igreja, constituída por Jesus ressuscitado e que tem uma Mãe, a Virgem Maria”:

“As famílias cristãs pertencem a esta grande família e, nela, encontram luz e força para caminhar e se renovar no meio das fadigas e provações da vida. Para esta grande família estão convidados e chamados todos os filhos de Deus de cada povo e língua, todos os irmãos e filhos do único Pai que está nos céus”, ressaltou.

Concluindo, o Papa Francisco suplicou para que o Senhor descesse em nós o Seu Espírito para renovar a face da terra. (LMI)