“Deixar de acreditar na misericórdia de Deus é talvez o nosso maior pecado”, afirma o bispo de Erexim
Erexim – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 11/04/2014, Gaudium Press) O mais recente artigo de dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, no Rio Grande do Sul, tem como tema “Paixão e Reconciliação”. Em sua análise, o prelado recorda que com a celebração do Domingo de Ramos, neste domingo, dia 13 de abril, iniciamos a Semana Santa.
Para o prelado, dando continuidade à caminhada da Quaresma, devemos querer, como povo de Deus a caminho da casa do Pai, viver toda a riqueza espiritual deste tempo, participando e celebrando o tríduo pascal e a festa da Páscoa.
Ele ainda salienta que pode acontecer da pessoa que esteja vivendo uma vida cristã pouco participativa, não se dar conta de que já estamos próximos da festa da Páscoa, a festa da ressurreição, da vida nova em Cristo Jesus. “Ou talvez ela tenha deixado a sua vida mergulhar num mundo de sombras, por faltar aquela confiança no perdão, na reconciliação e na misericórdia de Deus”, acrescenta.
De acordo com dom José, esta falta de confiança em Deus e na sua misericórdia pode levar as pessoas a não mais acreditarem na capacidade de Deus de os perdoar: achando que para elas não existe mais a possibilidade de salvação, porque já não merecem o perdão.
“Deixar de acreditar na misericórdia de Deus é talvez o nosso maior pecado. Porque subestimamos o poder, o amor e a misericórdia de Deus, e nos condenamos, quando Deus quer nos salvar. Na verdade, ninguém de nós merece o perdão de Deus. Deus no-lo oferece pela sua misericórdia”, completa.
Por fim, o bispo aconselha que, na Semana Santa, contemplando a cruz de Cristo, devemos deixar a humildade guiar nossa vida interior para podermos percorrer o caminho da reconciliação que nos leva a redescobrir o sentido da misericórdia e do amor do Pai.
“São Leão Magno, papa, em um dos seus Sermões, dizia que ‘a cruz de Cristo é fonte de todas as bênçãos e origem de todas as graças. Que a nossa inteligência, iluminada pelo Espírito da Verdade, acolha com o coração puro e liberto, a glória da cruz que se irradia pelo céu e a terra; e perscrute, com o olhar interior, o sentido destas palavras do Senhor, ao falar da iminência de sua paixão’. Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado (Jo 12,23)”, conclui dom José. (FB)





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