“A verdadeira Quaresma se prepara com penitência, oração, jejum e acolhimento ao ser humano”, afirma o bispo de Criciúma
Criciúma – Santa Catarina (Sexta-Feira,07/03/2014, Gaudium Press) Dom Jacinto Inacio Flach, bispo da diocese de Criciúma, no Estado de Santa Catarina, escreveu uma mensagem sobre o tempo da Quaresma. Ele inicia sua reflexão afirmando que em mais um ano temos a alegria de celebrar esse período quaresmal e, dentro dele, nossa preparação para a santa Páscoa.
Segundo o prelado, o tema que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos convida a refletir este ano durante a Campanha da Fraternidade é “Fraternidade e Tráfico Humano.” Para ele, essa é uma realidade da qual pouco se fala, sofrida em toda parte do mundo, não só no Brasil. Dom Jacinto acredita que o ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, irmão e irmã em Cristo, se tornou objeto de lucro, de exploração e de sofrimento.
O bispo explica que onde o ser humano não é livre em Cristo, há escravidão. Ele também salienta que Cristo nos libertou para sermos filhos e filhas livres e não para sermos explorados ou objeto de lucro ou de prazer. Portanto, continua dom Jacinto, nesta Quaresma, temos esse grande desafio.
Com relação a diocese de Criciúma, o prelado destaca que o desafio está na presença dos irmãos haitianos e de outros países que migram, em centenas e milhares, e que precisam ser acolhidos assim como os antecessores foram acolhidos neste país e tantos brasileiros que partiram para o exterior para ganhar seu pão e melhorar de vida.
“É a nossa vez, quando temos a graça de estar em situação melhor, de acolher nossos irmãos para que não se sintam excluídos ou sofram preconceito, algo triste que não combina em nada com nossa fé no seguimento a Jesus”, completa.
De acordo com o bispo, é diante de tudo isso que precisamos da graça de Deus, e é por isso que a Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa, que deve ser vivido com penitência e também com muita oração, jejum e amor ao próximo. Esse amor ao próximo acontece quando nós sabemos acolher, não só a nós, povo da Diocese, mas aos outros que também virão até nós, sendo fraternos com eles.
“A verdadeira Quaresma se prepara com penitência, oração, jejum e acolhimento ao ser humano, esse, sobretudo, é o grande desafio. E participando dos Grupos de Famílias, das celebrações em nossas comunidades e através dos sacramentos, em especial, a confissão sacramental. Se fizermos isso, certamente estaremos fazendo aquilo que Cristo espera de nós: celebrarmos a grande festa da libertação, da salvação, que é a Páscoa para nós, cristãos”, avalia.
Por fim, dom Jacinto deseja que neste tempo possamos ficar com o coração aberto e buscarmos a conversão. Conforme ele, todos nós temos necessidade de nos converter, cada vez mais, como filhos e filhas de Deus e irmãos em Cristo. E para o prelado, este é o grande momento da humanidade, sempre convidada, na Quaresma, a refletir e rezar sobre tantas realidades.
“Às pessoas que fazem jejum e penitência, deixando de consumir, beber ou comprar alguma coisa, para também não se tornar objeto de consumo, revertam esse valor poupado em obras de caridade. Que as pessoas não só deixem de consumir, mas possam ajudar ao próximo”, conclui. (FB)





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