Arcebispo sírio rechaça hipótese do país se transformar em Estado islâmico
Hassakè – Síria (Quinta-feira, 09-01-2014, Gaudium Press) O Arcebispo sírio-católico Jacques Behnan Hindo, titular da Eparquia de Hassakè-Nisibi, em entrevista à Agência Fides, explicou que os cristãos da Síria “esperam que a Conferência de “Genebra 2″ abra para a Síria perspectivas de democracia, liberdade e igualdade”, sendo contrários à toda tendência islâmica que pretenda impor no país asiático uma Xariá (código de leis islâmicas) como fonte da atual jurisdição. Desta forma, a comunidade cristã passaria seria reduzida à categoria de “minoria protegida”.
Segundo o Arcebispo, “os cristãos ficarão contentes se a chamada revolução abrir o caminho para a democracia e a liberdade. Porém, os grupos da oposição ligados ao Free Syrian Army (Exército Livre da Síria) se reuniram sob a bandeira islâmica e dizem ser a favor da Xariá, perspectiva essa que os cristãos não podem aceitar.
Segundo Dom Hindo, muitos islamistas são ligados aos posicionamentos da Irmandade Muçulmana, mas os cristãos, não podem aceitar esta involução, que os reduziria ao chamado gueto das minorias toleradas, o que representaria um retrocesso no percurso histórico da nação.
“Na Síria, os cristãos sempre foram parte integrante da Pátria comum, cidadãos a pleno título, e não ‘minoria'”, disse.
Quando perguntado sobre a relação dos cristãos com o regime do atual presidente sírio, Bashar Hafez al-Assad, o Arcebispo respondeu que “no início, as manifestações contra o governo pediam liberdade, democracia”, mas “depois vieram de fora para nos roubar a revolução”. (LMI)
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