“É hora de olhar para dentro do presépio e pensar sobre a Sagrada Família”, afirma bispo de Novo Hamburgo
Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Sexta-Feira, 27/12/2013, Gaudium Press) Com o título “O domingo da Sagrada Família”, dom Zeno Hastenteufel, bispo da diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, escreveu um artigo onde ele afirma que ao olharmos para dentro do presépio, logo nos cai em vista que o centro de tudo é a família. No texto, o prelado reforça que no mundo todo, nos grandes arranha-céus de nossas cidades, nos pequenos barracos das periferias e nos grandes sobrados das fazendas, o centro de tudo é a família.
Segundo o bispo, se não houver uma família de verdade, todos os espaços estão vazios e todas as casas têm carência do essencial. Dom Zeno destaca que pelo que nos dizem as leituras deste domingo, os homens da Bíblia, que aparecem já no Antigo Testamento sempre cultivaram um grande apreço pela família.
Ele lembra uma citação do livro do Eclesiástico: “Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. Quem honra seu pai e sua mãe alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita o seu pai terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe” (Ecl 3,3-4.7). Na parte final do texto, são apresentados alguns conselhos que sempre são atuais: “Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive” (Ecl 3,14).
Enquanto isso, salienta o prelado, o Evangelho nos apresenta um dos momentos mais duros na vida da Sagrada Família, quando o anjo do Senhor pede a José que retire o menino e sua mãe e parta para o Egito, já que Herodes viria a perseguir um inocente, recém-nascido. O bispo explica que este é o momento em que a Sagrada Família foge e vai para o exílio, viver em outro país e encarar a dura experiência de viver longe de tudo e de todos.
“São as contrariedades da vida tão presentes na vida em família. Até mesmo a Sagrada Família passou por esta experiência dura, de viver no exílio, e ter que sustentar a família talvez fazendo algum bico ou pedindo esmolas para viver. É interessante que não temos nenhuma palavra de queixa ou lamentação. Esta pobre família segue os planos de Deus e assume as rédeas de suas vidas”, completa.
Por fim, dom Zeno menciona que na segunda leitura São Paulo nos recorda um texto que muitas vezes nós lemos nos casamentos: “Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revestidos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se um tiver queixa contra o outro” (Col 3, 12-13).
“É hora de olhar para dentro do presépio e pensar sobre esta família, compará-la com a nossa e assumir com mais gratidão a família em que vivemos”, conclui o bispo. (FB)
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