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Novo presidente da Conferência Episcopal americana fala de suas prioridades

Washington – Estados Unidos (Quinta-feira, 26-12-2013, Gaudium Press) Dom Joseph Kurtz é o Arcebispo de Louisville (EUA), e desde a última reunião da Conferência Episcopal americana – presidente da USCCB. Em extensa entrevista com à Joan Frawley Desmond, editora do National Catholic Register, Dom Kurtz fala sobre suas prioridades à frente do organismo episcopal, entre outros temas. Reproduzimos abaixo alguns trechos:dom_joseph_kurtz.jpg

Como você descreveria o legado do Cardeal Dolan [ex-presidente da USCCB]?

É muito cedo para falar sobre o seu legado, mas até este momento eu posso dizer que o Cardeal Dolan foi um grande líder, e seu legado mostra que ele é um homem da Igreja e um homem de unidade. Ele procurou unir os Bispos em uma causa comum, sempre fundamentada no amor e no serviço à Cristo, serviço ao povo, e aos ensinamentos da Igreja.

Quais são as suas maiores prioridades?

Eu tenho trabalhado muito próximo com o Cardeal Dolan como vice-presidente da Conferência Episcopal e desejo fornecer a mesma energia que o Cardeal Dolan levou à Nova Evangelização, precisamente onde a realidade está mais viva – onde se vivem as vidas das pessoas.

O Sínodo sobre a Família é um próximo passo muito específico relativo à evangelização. Ecoando as palavras do Beato João Paulo II e do Papa emérito Bento XVI, o Santo Padre descreve a família como “o motor do mundo e da história”.

O Concílio Vaticano II chama a família a “Igreja doméstica”.

Em sua Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, sobre “O papel da família cristã no mundo contemporâneo”, João Paulo II referiu-se à família como a via na qual se transmite a civilização. O Papa Bento XVI fez observações semelhantes no seu ensinamento.

Agora, a ênfase de Francisco na família e no sínodo dará uma marco para o trabalho das conferências episcopais nos próximos três anos.

Quais são as outras questões importantes na agenda da USCCB?

O serviço aos mais vulneráveis e aos que não têm voz, a partir do momento da concepção até à morte natural, seria uma segunda área que o Papa Francisco assinalou. E aí se incluiria famílias e migrantes, e as pessoas que vivem na pobreza.

A terceira área de enfoque é uma robusta liberdade religiosa. Isto está de acordo com as duas primeiras. Nós somos livres religiosamente para que possamos servir aos mais vulneráveis, construir a família e promover o bem comum.

A Fé enriquece a vida pública. Embora tenha havido solavancos ao longo do caminho, podemos assinalar grandes exemplos de Fé em ação.

A “Familiaris Consortio” foi publicada em 1981, e ali se identificaram poderosas forças culturais que ameaçam a estabilidade da família. Mais de três décadas depois, 40% das mulheres americanas que deram a luz no ano passado não eram casadas, e o número de casamentos sacramentais caiu drasticamente. O que devemos fazer?

Sim, há uma nova urgência [às] muitas tendências abordadas pela ‘Humanae Vitae’ e a ‘Familiaris Consortio’.

O Papa Francisco destacou duas coisas. Em primeiro lugar, precisamos de testemunhas que vivam sua Fé de uma maneira tão atraente que convidem outras pessoas para imitá-los.

Em segundo lugar, ele fez um chamado para uma antropologia sólida que ofereça uma visão completa do que é um homem e o que é uma mulher.

Na alegria do Evangelho, disse muito claramente: “Não cometa o erro de definir uma pessoa como consumidor ou como produtor. Veja a pessoa em primeiro lugar”.

Temos de continuar a encontrar maneiras de apresentar de forma eficaz a nossa visão em praça pública. Neste ponto, ele não está sendo ouvido e em alguns casos [está sendo] ridicularizado. Famílias – maridos, esposas e filhos – que estão vivendo essa visão deve ser capaz de expressá-la. (GPE/EPC)

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