"Na confissão individual poderá estar, para muitos, a oportunidade do verdadeiro Natal: o encontro com Jesus que salva", afirma o bispo da diocese de Tubarão

Tubarão – Santa Catarina (Terça-Feira, 17/12/2013, Gaudium Press) Dom João Francisco Salm, bispo da diocese de Tubarão, no Estado de Santa Catarina, em seu mais recente artigo afirmou que depois de termos vivido um ano tão intenso de oportunidades, de atividades, de surpresas e de constatação da presença viva, atuante, providente, amorosa e libertadora de Deus entre nós, estamos agora, novamente, no início de um novo Ano Litúrgico: é Advento e logo será Natal mais uma vez!

O prelado recorda que neste ano foi vivenciado o Ano da Fé; estiveram na diocese a Cruz Peregrina e os Ícones da Jornada Mundial da Juventude; houve a inesperada renúncia de Bento XVI, deixando-nos uma inesquecível lição de sabedoria, discernimento, coragem e humildade; fomos surpreendidos com a eleição do Papa Francisco e sua aceitação pelo mundo a fora. Além disso, o bispo lembra ainda da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude – sua preparação e realização com a presença do Papa -, que promoveram uma verdadeira revolução nas comunidades católicas e um novo ânimo em toda a Igreja no mundo.

Para dom João, a melhor forma de agradecer a Deus por tudo é nos colocarmos pronta e imediatamente no espírito do Advento em vista do encontro com Jesus Cristo, graça que a Celebração Cristã do Natal sempre nos oferece. Ele ressalta também que sem esse encontro com Jesus Cristo, tudo o mais que fizermos, mesmo que em nome do Natal, não terá brilho e resultará numa sensação de vazio e de frustração.

“Por onde começar? Com toda certeza o primeiro passo será tomar consciência de que Natal – o Natal Cristão – é a Festa do Nascimento do Salvador da Humanidade, Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus Vivo. E ainda mais: é também oportunidade única para sefazer a experiência do encontro com Ele”, salienta.

De acordo com o bispo, promovem o tempo oportuno para essa grande graça as quatro semanas do Advento, o Dia de Natal e sua Oitava (os oito dias que seguem), as Festas Natalinas da Sagrada Família, da Santa Mãe de Deus, da Epifania e do Batismo do Senhor. “Não se deve admitir que as outras programações, passeios, praia, eventos e a agitação do comércio, próprios dessa época, impeçam a vivência cristã do Natal”, completa.

Durante o Advento, explica o prelado, faz um grande bem a participação nos grupos que se reúnem nas casas para a celebração das “Novenas do Natal”: desperta e alimenta o sentido religioso – cristão – do Natal; as pessoas se visitam e se aproximam; ouve-se a Palavra de Deus, fazem-se orações, canta-se e se tomam iniciativas para promover a partilha e a solidariedade através do “Natal dos pobres”.

“Muitas pessoas se reconciliam com Deus, consigo mesmas e com quem estavam de relações quebradas. Aqui é importante lembrar que o Advento é tempo propício para a conversão: tomar consciência dos pecados mediante uma sincera revisão de vida; reconhecer e crer no amor misericordioso de Deus; preparar-se e procurar um padre para uma Confissão realmente bem feita”, avalia.

Ainda segundo dom João, uma Celebração Comunitária da Penitência como preparação para a Confissão tem um grande valor, mas não substitui o bem imenso que é o Sacramento da Penitência ou a Confissão. Ele enfatiza que é exatamente nesta experiência da confissão individual que poderá estar, para muitos, a oportunidade do verdadeiro Natal, o encontro com Jesus que salva. “Muitas vezes eu atendi a confissão de famílias inteiras: o pai, a mãe e os filhos. Era bonito ver a alegria com que voltavam para casa”, acrescenta.

Por fim, o bispo afirma que os pais não devem privar os filhos de irem à Missa, e mais a motivação dos pais deve ser tal que contagie os filhos. Para o prelado, nesta época é tão educativo levar os filhos também ao presépio, pois muitas coisas bonitas o pai e a mãe podem ensinar a crianças na contemplação da cena que retrata o Nascimento de Jesus!

“A celebração cristã do Natal por toda a família é uma lembrança que nunca se apaga na memória de qualquer pessoa que teve essa graça na sua infância. Deus parece mesmo não desistir de querer entrar em nossa vida. Põe-se então a questão: estou interessado em dar espaço a Ele? Tenho tempo para Ele? Já entendi que não é Ele que precisa de mim e que sou eu que preciso dele?”, conclui dom João. (FB)