“Experimentar o Advento em preparação ao Natal é deixar-se encantar pelo novo que brota do mistério de Deus”, afirma o bispo de Campo Mourão
Campo Mourão – Paraná (Quinta-Feira, 12/12/2013, Gaudium Press) Dom Francisco Javier Delvalle Paredes, bispo da diocese de Campo Mourão, no Paraná, escreveu um artigo para este mês de dezembro em que ele recorda que com a festa de Cristo Rei, ocorrida em 24 de novembro, a Igreja concluiu o ano litúrgico e encerrou o “Ano da Fé”. E agora no tempo litúrgico do Advento nos preparamos para a celebração do Natal.
De acordo com o prelado, o Advento é tempo de espera, mas não se trata de uma espera marcada pela passividade e sim pela expectativa fiel em virtude do nascimento de Jesus Cristo. Para ele, em Jesus temos a sublime novidade oferecida pelo Pai: nascendo feito homem o Filho de Deus assume nossa carne, a fim de que mediante a fé, também nós nos façamos dispostos a abraçar seu amor como fonte de vida e salvação.
“É realmente verdadeira a palavra do Apocalipse: ‘Eis que faço novas todas as coisas’ Sendo assim, experimentar o Advento em preparação à solenidade do Natal do Senhor é deixar-se encantar pelo novo que brota do Mistério de Deus”.
O bispo também salienta que o Evangelho é novidade constante, e embora a civilização se vanglorie em virtude do progresso tecnológico e científico cada vez mais visível e crescente na superação dos limites, a Verdade cristã permanece inabalável, pois alicerçada no amor Divino. Nesse sentido, dom Francisco afirma que é eloquente a expressão de Santo Agostinho ao dirigir-se a Deus: “Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei”.
“O significado do Natal nos conduz a essa mesma conclusão. No Menino de Belém o Deus Eterno, cuja existência precede a história e desconhece origem, faz-se Humano no horizonte humano. O que era desde sempre se torna novidade para toda a Criação, agora resgatada no amor”, destaca ele.
Ainda segundo dom Francisco, ao coração cristão, celebrar o Natal deve ser oportunidade para reconhecer o amor divino manifestado em Jesus Cristo. O prelado explica que se fazendo homem, Cristo revelou ao mundo que Deus ama com coração humano, a fim de que aprendamos a amar com o coração de Deus.
“Olhando para o presépio somos convidados a contemplar nosso próprio ser e existência reclinados na manjedoura, trono do Deus feito carne e, na última ceia, feito pão para a salvação de todos. Com efeito, São Francisco de Assis, autor do primeiro presépio, viu na manjedoura uma antecipação do Mistério Eucarístico enquanto receptáculo do amor de Deus pelo ser humano.”
Às portas do santo Natal, o bispo convoca todos à intimidade com Deus no alento do amor. Ele diz que com simplicidade e generosidade devemos buscar nutrição no verdadeiro pão do céu: o pão que é vida, pão que é força, pão que é o próprio Cristo Jesus, outrora reclinado na manjedoura de Belém, agora elevado sobre os nossos altares. Como bispo e pastor ele deseja frutuosas celebrações natalinas a todos e faz votos para que reclinados junto ao Menino Deus façamos a experiência do Bom Pastor que nos conduz às águas tranquilas e por caminhos justos.
Além disso, o prelado externa sincera gratidão a todos e a cada um particular: às crianças, cuja pureza conserva nas comunidades a feição cristã mais original; aos jovens, parcela tão querida e vitalizante da Igreja e com um valioso lugar no coração eclesial; aos casais, pais e mães de família, que cooperam no plano criador de Deus, pois gerando vida eles estão levando adiante a fecundidade impressa pelo Altíssimo na origem do mundo e aos idosos, cuja experiência é atestado de constância na fé.
Dom Francisco também fez um agradecimento aos agentes de pastorais e movimentos, bem como aos animadores de comunidades; aos leigos e leigas fiéis à espiritualidade de Pentecostes; aos educadores e estudantes, para que o processo de transmissão e recepção do conhecimento os aproxime cada vez mais de Jesus Cristo, fonte de toda sabedoria e aos empresários e às autoridades civis e militares, para que a simplicidade do Presépio os faça cada vez mais sensíveis e condescendentes com os marginalizados da hora presente.
Por fim, o bispo faz menção aos doentes, sofredores, pobres e desamparados, pois neles Cristo é servido, amado e reconhecido por nós. “Que o ano de 2014 seja repleto de graças e nos faça cada vez mais sensíveis ao amor divino, cuja luz resplendente em Belém continua a refulgir na existência de cada batizado! Feliz e santo Natal a todos! Que o ano de 2014 seja abençoado, próspero e pleno do amor de Deus”, conclui. (FB)
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