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Reforma da Catedral Metropolitana de Brasília sai do papel em julho

Brasília (Quinta, 18-06-2009, Gaudium Press) A esperada reforma da Catedral Metropolitana de Brasília, que costuma receber cerca de 800 mil visitantes por ano, finalmente será reformada, de acordo com o vigário-geral da arquidiocese da cidade, padre Marcony Ferreira. Depois da montagem dos canteiros de obras para abrigar ferramentas e os trabalhadores é que deve começar a revitalização, no final de julho. O Governo Federal espera que a reforma esteja pronta antes de 21 de abril do ano que vem, quando a capital federal completa 50 anos de idade.

O orçamento de 25 milhões de reais será dividido entre a Petrobrás e o Governo do Distrito Federal, sendo que somente a empresa vai desembolsar 17 milhões. O convênio entre as partes foi assinado ainda no ano passado, mas a primeira parcela do dinheiro foi liberada apenas em maio deste ano.

“Estamos muito felizes. Na semana que vem, devo me reunir com os engenheiros para tratar da reforma”, disse o padre Ferreira, que também é pároco da catedral. “Eu sei que parte do dinheiro já foi liberada pela Petrobras e pelo governo do Distrito Federal. Vamos esperar que o resto saia logo para as obras serem aceleradas”.

De acordo com o religioso, a Catedral não será fechada para o público durante as obras. A interdição ocorrerá em etapas. Primeiro, a área entre os anjos esculpidos pelo artista Alfredo Ceschiatti e o altar ficará bloqueada com tapumes. A previsão é que essa fase dure dez meses e custe a metade do investimento total. “O batistério também vai ficar aberto porque temos batizados já programados e não podemos cancelá-los”, justificou o pároco.

A reforma

Os vidros externos e os vitrais da artista plástica Marianne Peretti serão substituídos por materiais que reduzem a absorção de calor e garantem maior tempo de vida às peças. As vigas que separam as colunas também passaram por reforma. Ganharão impermeabilização para evitar que a água da chuva entre no santuário, como vem ocorrendo.

As redes elétrica e hidráulica também serão reparadas, assim como os banheiros, hall de entrada, sacristia e salas administrativas. Os cabos de aço que sustentam os três anjos suspensos, obra de Alfredo Ceschiatti, serão trocados por outros mais resistentes para oferecer maior segurança aos turistas e aos fiéis. O espelho d’água será impermeabilizado para evitar as infiltrações que danificam as paredes do templo. As 16 colunas de concreto armado ganharão nova pintura. A instalação de um novo sistema permitirá que os quatro sinos da igreja voltem a badalar.

As obras incluem ainda a construção, no subsolo da igreja, da capela do Santíssimo Sacramento, edificação que completa o projeto inicial do arquiteto Oscar Niemeyer.

Problemão

O maior problema causado pelas atuais condições do prédio da Catedral são as goteiras. Quando chove, a água se infiltra pelas vigas entre as colunas de vitrais. Em meio às celebrações eucarísticas, funcionários da igreja improvisam a captação da água com baldes espalhados pelo salão da nave principal.

 

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