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O horizonte da missão

Jales – São Paulo (Sexta-feira, 18-10-2013, Gaudium Press) “Em pleno mês missionário, temos neste dia 20 o Domingo das Missões, junto com o Dia da Infância missionária. Tudo para destacar a importância da dimensão missionária da Igreja”, ressaltou Dom Demétrio Valentini, Bispo da Diocese de Jales, no interior de São Paulo, em seu mais recente artigo.dom_demetrio_valentini.jpg

De acordo com o prelado, “o destaque deste ano é dado, de novo, por uma insistência do Papa Francisco”. “Olhando racionalmente, não haveria dúvida em constatar que, eclesialmente, primeiro vem a comunhão, depois a missão. Primeiro o chamado, depois o envio. Primeiro somos discípulos, depois nos tornamos missionários”.

Dom Demétrio afirmou que, se conferimos mais de perto a dinâmica da vida cristã e eclesial, vamos perceber “uma espécie de inversão operacional”, onde a missão “desencadeia um dinamismo, que acaba incidindo sobre a própria Igreja”, que “passa a se regular em vista da missão que ela tem a cumprir”.

Durante seu texto, o Bispo relembrou a Conferência de Aparecida, dizendo que ficou estabelecido “o compromisso com a missão, como foco a ser conferido, de maneira dinâmica e permanente”, lançando o desafio da “missão continental”.

“Não estava ainda claro o alcance e a fisionomia que poderia ter a tal de “missão continental”. E ainda não está. Mas o fato é que Aparecida indicou para a Igreja o caminho certo para a sua constante renovação: é o caminho da missão”, explicou.

Segundo Dom Demétrio, quando colocamos a missão como nossa motivação, entramos na área de competência da graça de Deus, pois “se é ‘em nome do Senhor’ que nos propomos a agir, é porque nos sentimos a serviço da causa do Senhor”.

Para ele, “quando a Igreja não se deixa converter pelo Evangelho que ela prega, ela acaba se pervertendo a si mesma, e aos povos por ela ‘submetidos’ a um evangelho deturpado”.

“É diante da missão que a Igreja experimenta a absoluta necessidade de continuar se convertendo. Assim, a missão, voltada para fora da Igreja, acaba se voltando para a própria Igreja, que se torna, também ela, destinatária do Evangelho de Cristo”.

Finalizando, Dom Demétrio assinalou que o chamado vem sempre ligado ao envio e a comunhão é sempre vinculada à missão. Desta forma, a Igreja é sempre estimulada a levar aos outros o que ela mesma vive.

“O Evangelho anunciado precisa ser um Evangelho vivido”, completou. (LMI)

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