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Polônia realiza tradicional peregrinação mariana

Plock – Polônia (Quarta-feira, 18-09-2013, Gaudium Press) Um grupo de peregrinos da Diocese de Plock (Polônia), percorreu 60 quilômetros a pé durante dois dias para conservar uma tradição de 404 anos de história: a romaria ao Santuário de Nossa Senhora de Skepe. Com o lema “Senhor, aumenta nossa Fé”, os fiéis e sacerdotes de Gostyn que participaram da peregrinação renovaram também a tradicional travessia no barco do rio Vístula, que durante os últimos dez anos havia sido feita de ônibus. Um dos peregrinos presentes realizou o trajeto anual por mais de 40 vezes.

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Altar maior e a venerada imagem da Santíssima
Virgem Maria em Skepe, Polônia.

A história do Santuário de Skepe, onde se venera uma imagem da Virgem muito jovem com suas mãos cruzadas sobre seu peito, registra numerosos milagres por intermédio da Santíssima Virgem, além de uma grande tradição de peregrinações. O primeiro registro de um grupo organizado de peregrinos data de 1608, a peregrinação a partir de Gostyn está documentada desde 1612. Esta era a única a cruzar de barco o rio Vístula.

A romaria foi realizada no último dia 8 de setembro para obter a tradicional indulgência plenária pela festa da Natividade da Santíssima Virgem. Além das próprias intenções, os caminhantes se somaram ao chamado universal de oração pela Síria realizado pelo Santo Padre Francisco, petição que foi depositada aos pés de Nossa Senhora de Speke. O grupo foi guiado pelo sacerdote Paul Czarnecki, vigário da paróquia de San Martín em Gostyn.

A devoção a Nossa Senhora de Speke foi iniciada após a aparição da Santíssima Virgem no bosque dos carvalhos e a milagrosa cura de uma menina que padecia de uma enfermidade nas pernas. O pai da menina ofereceu a construção de um templo e fez trazer uma bela imagem da Santíssima Virgem desde Poznan, que é venerada atualmente. A notícia de fato atraiu numerosos peregrinos, que também deram testemunho de portentos e a devoção aumentou a ponto de receber uma solene Coroação Pontifícia em 1754.

Em 1864, durante o auge da devoção à Santíssima Virgem em Skepe, as autoridades czaristas russas, que dominavam o território, decretaram o fechamento do mosteiro. Por este motivo os fiéis ao invés de abandonar sua devoção construíram outros templos em honra desta invocação, que se converteu em um símbolo da identidade polaca, profundamente católica, e da liberdade religiosa. Esta antiga devoção foi renovada com grandes eventos em 1995, pelos 500 anos das aparições e em 2005, quando se celebrou o grande jubileu pelos 250 anos de sua Coroação. (GPE/EPC)

Com informações da KAI e Santuário de Nossa Senhora de Skepe.

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