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"Nosso Deus é o Deus da misericórdia e do perdão", afirma o bispo de Novo Hamburgo

Novo Hamburgo (Quinta-Feira, 12/09/2013, Gaudium Press) “A Bíblia nos mostra o Deus da Misericórdia.” Este é o título do artigo de dom Zeno Hastenteufel, bispo da diocese de Novo Hamburgo, no Estado do Rio Grande do Sul. O prelado inicia o texto lembrando que neste próximo domingo, dia 15 de setembro, já celebraremos o terceiro domingo do mês da Bíblia e, em todas as celebrações, a Igreja estará apresentando a dimensão da misericórdia e do perdão de Deus, diante da humanidade pecadora.

De acordo com o bispo, está muito claro, em toda a tradição bíblica, que a experiência do povo de Israel era claramente distinta dos outros povos, precisamente neste assunto ligado ao perdão e à misericórdia. Segundo ele, em todos os outros povos, a superação do pecado era sempre um grande desafio: havia sempre grandes ritos expiatórios, mas sempre muita dúvida sobre a real existência do perdão.

No que diz respeito à experiência do povo de Deus no Antigo Testamento, dom Zeno explica que esta dimensão aparece muito evidente no texto do Êxodo, quando os homens, tirados do Egito e vivendo a melhor das experiências de um Deus que acompanha pelo deserto, guiados por mão forte, na primeira mais prolongada ausência de Moisés, chegam fabricar um bezerro de ouro e dançar em volta dele, ressalta.

“O bezerro de ouro era o dinheiro, eram como que as aplicações financeiras, o patrimônio que passou a ocupar o centro de suas atenções. Hoje ainda temos muita gente dançando ao redor deste bezerro de ouro, passando a semana inteira correndo atrás de melhores aplicações, de mais lucros e sempre mais tesouros e bens materiais”, avalia.

O prelado afirma que na primeira leitura deste domingo vemos como Moisés, em vez de condenar o povo, intercede em favor dele, pedindo perdão e uma nova oportunidade de conversão e mudança de vida. Ele recorda ainda Paulo, que também agradece a oportunidade que recebeu de Jesus Cristo para a sua conversão e se considera um homem feliz, por ter recebido esta graça de uma conversão total e por ter experimentado o perdão de Deus.

Dom Zeno salienta que o Evangelho mostra como o nosso Pai é misericordioso, sendo comparado com o pai do filho pródigo, que jamais perdeu a esperança de reconquistar aquele filho que se perdeu nas más companhias. E, quando o filho retorna, lembra o bispo, o pai faz festa e não se contém em alegria. “O nosso Deus é o Deus da misericórdia e do perdão”, completa.

Por fim, o prelado destaca que a parábola do filho pródigo foi contada por Jesus precisamente para nos mostrar como é a misericórdia do pai. “Aos olhos humanos é um absurdo o que ele faz: festa e alegria por um filho que tinha se perdido e foi reencontrado. Para o irmão mais velho, isto é um absurdo e uma flagrante injustiça, porque ele sempre estava em casa, nunca transgrediu uma ordem do pai e assim mesmo não ganhava nenhum cabrito para fazer festa. Agora que volta este que gastou toda a sua herança na farra e na orgia, o pai mata o novilho cevado”, conclui. (FB)

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