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Santa Sé agradece novo Dia Internacional da Caridade

Nova York – Estados Unidos (Quinta-feira, 12-09-2013, Gaudium Press) A Missão do Observador Permanente da Santa Sé diante das Nações Unidas publicou uma mensagem de agradecimento à comunidade internacional pela recente designação do Dia Internacional da Caridade. A data escolhida foi o dia 5 de setembro, memória da Beata Madre Teresa de Calcutá. Na mensagem, a Santa Sé recorda o sentido espiritual das obras de caridade que a Igreja desenvolve ao redor do mundo.

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A festa da Beata Madre Teresa de Calcutá, 05 de setembro, foi designada
pela comunidade internacional como o Dia Internacional da Caridade.

“Estamos orgulhosos de comemorar este dia como um ato de reconhecimento e estima por parte da comunidade internacional a serviço e dedicação de incontáveis indivíduos, organizações, religiosos e religiosas que, como a Beata Madre Teresa, tem trazido à luz seu amor desinteressado aos necessitados”, declarou o documento. O texto intitulado “Sobre a noção cristã da caridade”, ofereceu um ensinamento sobre o sentido e inspiração por detrás dos ditos trabalhos.

A originalidade da caridade cristã

O documento assinala que o cristianismo tem dado grandes contribuições à cultura da humanidade “com sua mais profunda compreensão do amor”. A certeza de receber o amor de Deus e a subsequente necessidade de dar este amor no serviço e entrega do próprio ser aos demais supera a busca da satisfação pessoal ou inclusive a reciprocidade, e “demanda uma verdadeira preocupação pelo outro, inclusive a vontade de sacrificar o próprio eu pelo outro”. Este novo amor é expressado em sua plenitude por Cristo em sua morte de Cruz e é conhecido pela Igreja sob o conceito de Caridade.

Desde o seu início, a Igreja “seguindo a instrução e o exemplo de seu Fundador”, expressou esta caridade em seu interesse pelo bem estar dos pobres e sofredores. Mas “além do aspecto pragmático ou filantrópico de ajudar ao próximo, a Igreja procura mais profundamente manifestar o perene amor de Deus pela humanidade”, explicou a declaração. Segundo a Missão Permanente, não são todas as pessoas que podem apreciar a profundidade desta entrega, que “manifesta um sentido mais verdadeiro do cuidado e a compaixão, comunicando um amor autêntico ao pobre e sofredor, porque não nasce do excesso ou do retorno, mas do sacrifício mesmo da pessoa”.

Por este motivo, a Igreja está “autenticamente a serviço do desenvolvimento humano integral”, e procura tanto oferecer uma ajuda de alto nível de profissionalismo como ter consciência de relacionar-se com seres humanos transcendentes “que necessitam algo mais que a mera assistência técnica ou o cuidado filantrópico”. Segundo a Santa Sé, as dimensões da pessoa não podem dividir-se em categorias ilhadas (pública ou privada, física ou psicológica, terrena ou celestial, secular ou religiosa). “Em seu lugar, cada pessoa só pode ser vista verdadeiramente em sua plenitude ou integridade. Só uma aproximação holística às pessoas permite soluções à raiz dos problemas e lhes ajudam a desenvolver-se plenamente em suas dimensões corpóreas e incorpóreas”.

A Beata Madre Teresa, testemunha da caridade

“Incontáveis homens e mulheres através da história da Igreja dando testemunho de amor desinteressado a seus próximos em um grau heroico”, recordou o documento, que honrou o “extraordinário testemunho de caridade exemplificado nos tempos recentes pela Beata Madre Teresa de Calcutá”. O grande trabalho internacionalmente reconhecido teve em Cristo sua origem e motivação, e ela mesma explicou esta realidade em seu discurso ao receber o Prêmio Nobel da Paz em 1979: “Não somos só trabalhadoras sociais. Podemos estar fazendo trabalho social aos olhos das pessoas, mas na realidade somos contemplativas no coração do mundo, porque estamos tocando o Corpo de Cristo vinte e quatro horas por dia”, afirmou a Beata.

Segundo a Missão da Santa Sé diante das Nações Unidas, celebrar o Dia Internacional da Caridade na memória da admirada religiosa é “honrar a pessoa, vida e legado” da Beata e “também significa reconhecer os inumeráveis trabalhos de caridade que a Igreja Católica leva a cabo cotidianamente em favor dos mais pobres entre os pobres, sempre fiel ao mandato e exemplo de seu Fundador”. A declaração recordou que a Igreja continua sendo a maior provedora não governamental de educação e saúde no mundo e que numerosas organizações caritativas católicas trabalham sem descanso em favor do alívio do sofrimento e do desenvolvimento integral dos mais necessitados em todo o planeta. (GPE/EPC)

Com informações da Missão do Observador Permanente da Santa Sé diante das Nações Unidas.

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