Cardeal João Braz fala a religiosos de Madri, na Espanha
Madri – Espanha (Segunda-feira, 26-08-2013, Gaudium Press) Durante a jornada de formação promovida pela ConferênciaEspanhola de Institutos Seculares, o Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em Madri (Espanha), Cardeal Dom João Braz de Aviz, afirmou que as mulheres e os homens de institutos seculares devem ser pessoas que vão para as “periferias existenciais”.
Encontro, salvação e esperança: essas foram as três palavras destacadas pelo Cardeal. Segundo ele, os cristãos devem ser homens e mulheres de “encontro com todos, sem negociar a nossa pertença”.
Referindo-se aos consagrados, Dom João Braz declarou que a especificidade da vocação pode levá-los “a não terem aquela visibilidade e missão, que é típica dos religiosos ou dos movimentos. O ícone que atrai a esta particular forma de consagração é o sal, que se derrete e dá sabor, do fermento que vai tomando conta de tudo e faz fermentar a massa”.
O Cardeal pontua ao dizer que a vocação os insere entre os demais sem sinais distintivos exteriores, de modo que não criem distâncias que os possam afastá-los daqueles que buscam soluções para os “desafios pequenos e grandes deste tempo”.
Dom João Braz ainda citou o Papa Paulo VI, que sempre teve admiração pelos institutos seculares e os incentivou, ajudando “com o próprio magistério a penetrar não só sua missão, mas a sua mesma identidade”.
Ao discutir sobre o tema salvação, o purpurado assegurou que a Boa Nova que devemos anunciar é “Deus salva, não mata, não condena, só ama”.
“Falar de Deus amor significa falar de uma experiência, daquela experiência de que fala João em sua primeira carta: ‘Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas Ele que nos amou primeiro’. Pensamos num Deus que nos ama só porque somos perfeitos, ou melhor, que nos ama pelos nossos méritos”, disse Dom Braz.
Finalizando ao falar sobre a esperança, o Cardeal refletiu o sentido de evangelizar, que condiz em ajudar “o homem do nosso tempo a ‘puxar para fora’ a esperança adormecida” por meio de “uma atitude concreta de confiança e de abandono, como aqueles que entregam nas mãos de Deus tudo o que são e o que realizam”.
“Somos chamados à esperança, a despertar a esperança”, concluiu, rememorando as recentes palavras de apelo pronunciadas pelo Papa Francisco aos jovens: “Não deixem que roubem a esperança”.
Institutos seculares
Os institutos seculares são sociedades erigidas ou aprovadas pela autoridade eclesiástica, neste caso, a Santa Sé Apostólica ou os bispos diocesanos, cujos membros (leigos ou clérigos) se consagram a Deus através da profissão pública dos conselhos evangélicos (votos de pobreza, obediência e castidade). (LMI)
Com informações da Rádio Vaticano
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