“A contribuição fundamental da vida consagrada é de conservar viva a visibilidade e o caráter profético do Evangelho”, afirma o bispo de Erexim.

Erexim (Quarta-Feira, 21/08/2013, Gaudium Press) “Vida Consagrada – Amor doação” é o título do novo artigo de dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, no Estado do Rio Grande do Sul, onde ele afirma que uma das belas maneiras do seguimento de Jesus é aquela marcada pela consagração da vida pelos votos de pobreza, obediência e castidade, no seio de uma comunidade, em vista da beleza do Senhor e da missão no mundo.

De acordo com o prelado, a vida consagrada sempre esteve presente na Igreja; passou por muitas dificuldades nestes 2 mil anos de cristianismo, mas soube responder com uma nova primavera aos novos desafios advindos das mudanças da sociedade. “A Igreja não pode viver sem o carisma da vida consagrada”, enfatiza.

Ainda segundo dom José, a vida consagrada teve um papel profético ao longo da história da Igreja, ajudando-a a fazer um caminho de conversão. Para ele, os consagrados são caracterizados como homens e mulheres de Deus e a vida religiosa nasce e se desenvolve como uma forma original de seguir Jesus, não como um estado de perfeição e sim um estado de peregrinação.

“A Igreja na América Latina deve muito aos religiosos e às religiosas. De modo particular pelo empenho destes na implantação da Igreja em muitos lugares. Não esquecendo todo o trabalho feito na catequese, na educação, nos hospitais e nos seminários. O carisma de cada uma das ordens e congregações é dom de Deus, não só para a vida dos membros dos institutos, mas para a Igreja e o povo de Deus. Todo carisma só tem sentido quando vivido nesta dimensão”, ressalta o arcebispo.

Por fim, dom José destaca que no aspecto vocacional, a vida consagrada é um chamado; em modo simbólico, ela manifesta o absoluto de Deus na nossa vida, um modo de ser segundo o Evangelho. Conforme o prelado, foi no amor a Cristo e por amor a Ele que os fundadores iniciaram os institutos de vida consagrada na Igreja.

“Se a vida consagrada viesse a desaparecer, seria uma perda enorme na Igreja e no mundo do ponto de vista de civilização e de humanização, mas de modo especial do amor de Cristo, do seu caráter misterioso, inexplicável. Na Igreja local, a contribuição fundamental da vida consagrada é de conservar viva a visibilidade e o caráter profético do Evangelho”, conclui. (FB)