Arcebispo de Maringá: "Levante-te e vamos juntos deixar o passado e construir um novo jeito de viver e ser feliz"
Maringá (Terça-Feira, 25/06/2013, Gaudium Press) “Jovem, levanta-te” é o título do artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá, no Estado do Paraná, onde ele fala sobre o Evangelho de Lucas: “No caminho, muita gente acompanhava a procissão para o cemitério, do filho único de uma pobre viúva. O Senhor viu a mulher chorando, se aproximou do caixão, tocou e disse ‘Jovem levanta-te'”. Segundo o prelado, o Evangelho afirma que o jovem levantou e começou a falar, mas ninguém sabe o que ele disse naquela hora, despertado do sono da morte.
De acordo com o arcebispo, o Senhor devolveu a vida, devolveu o filho, suscitou na comunidade o testemunho, e fez falar, anunciar a nova vida. Para dom Anuar, certamente aquele jovem já não é o mesmo de antes, pois morreu para o passado a fim de reviver para o presente e anunciar a todos a vida nova.
“Ninguém depois de ter encontrado o Senhor fica calado. Ninguém depois de receber a vida de ressuscitado permanece o mesmo. Quantos jovens no caixão dos vícios, da internet, da sexualidade sem responsabilidade, da mania de dizerem que são os donos da verdade, autossuficientes, capazes de loucuras por satisfazer os próprios desejos”, avalia o prelado.
Dom Anuar enfatiza que parece que hoje o mundo real e verdadeiro é o mundo sem dificuldades, sem luta, sem sofrimento, sem suor e trabalho, vivendo alheios de toda verdade, inclusive da própria realidade – o que leva a ignorar toda a verdade das pessoas e das coisas. Conforme o prelado, o mundo real é a fantasia, é o sonho, é o utópico, é o mundo ideal que só existe no imaginário.
O arcebispo lembra ainda que o papa Francisco recebeu no dia sete de junho, mais de 8 mil jovens, alunos e ex-alunos dos colégios jesuítas da Itália e Albânia, e no ambiente familiar e de especial alegria entre os milhares de crianças e jovens presentes, um deles questionou o Papa sobre a decisão de deixar tudo para seguir Cristo na vocação.
O Papa afirmou que “há dificuldades, mas é belo seguir Jesus, ir pelo seu caminho, ter dificuldades e seguir em frente. Depois, chegam momentos mais belos, mas ninguém deve pensar que não terá dificuldades na vida. Eu também queria fazer uma pergunta a vocês: como pensam avançar diante das dificuldades? Não é fácil, mas temos que avançar com força e confiança no Senhor: com o Senhor tudo se pode”.
Quanto a pergunta de um dos alunos sobre como viver a vida cristã com fidelidade, o prelado recordou que o Santo Padre disse que “caminhar é uma arte porque, se vamos sempre depressa, nos cansamos e não chegamos ao final do caminho. Pelo contrário, se sempre paramos, não andamos e tampouco chegamos à meta. Caminhar é a arte de olhar o horizonte, pensar onde queremos ir, mas aguentar também o cansaço do caminho, que às vezes é difícil. Não tenham medo dos fracassos, nem das quedas”.
Para o pontífice na arte de andar o que importa não é cair, temos que levantar rapidamente e continuar andando. “Isto é belo: este trabalhar todos os dias; isto é caminhar de forma humana. Mas caminhar sozinhos é desagradável e chato.”
“O caminho é longo, mas vale a pena caminhar. Levante-te e vamos juntos deixar o passado e construir um novo jeito de viver e ser feliz”, conclui o arcebispo. (FB)
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