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A religião é insubstituível para a sociedade, prega Arcebispo de Baltimore

Baltimore – Estados Unidos (Quarta-feira, 26-06-2013, Gaudium Press) Uma forte exigência de respeito pela liberdade religiosa, que deve estender-se a todos os aspectos da vida e a todas as dimensões do trabalho da Igreja, foi realizada na última sexta-feira, 21, pelo Arcebispo de Baltimore (EUA), Dom William Lori. “Ao colocar em perigo a liberdade religiosa, todos os direitos humanos estão em risco”, afirmou.

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Dom William Lori, Arcebispo de Baltimore,
Secretário do Comitê Ad Hoc para a
Liberdade Religiosa da USCCB.
Foto: The Catholic Review.

Esta ideia da proteção da liberdade religiosa foi o centro da pregação do Arcebispo na Missa inaugural da Quinzena pela Liberdade nos Estados Unidos. “O direito à vida, à liberdade religiosa, à liberdade de expressão e de associação estão vinculados, explicou o prelado, “e estes direitos não nos foram concedidos pelo Estado mas pelo Criador”.

Diante das várias iniciativas governamentais que despertaram grande preocupação na Igreja, Dom Lori exigiu não restringir a liberdade religiosa ao âmbito privado ou somente às expressões de culto, já que a vida cristã não está dividida. Segundo Dom Lori, não existe “uma divisão de culto e Fé” por uma parte e uma divisão de “serviço” por outra. “O que cremos e como rendemos culto dá lugar ao serviço público.”

A Igreja nos Estados Unidos insistiu nesta realidade devido a tentativa governamental de considerar como “não religiosas” instituições de educação, assistência social, saúde, entre outras organizações inspiradas na Fé e na doutrina católicas, para obrigá-las a cumprir um mandato que impõem o financiamento de produtos e serviços qualificados como gravemente imorais pela Igreja dentro da cobertura da saúde para os empregados. Da mesma forma se desconhece a liberdade religiosa dos empresários católicos, obrigados a cumprir a mesma normativa.

Esta separação das dimensões da prática e da Fé foi claramente rejeitada pelo Arcebispo: “Não nos surpreende que reajamos tão fortemente quando a autoridade governamental tenta desintegrar nossa Igreja”, Nesta tentativa, “o César está tomando o que é de Deus”.

A entrada da Fé Católica na sociedade

Como contradição a estas pressões, que se somam a outras ameaças como os obstáculos para a assistência de imigrantes, a exclusão do financiamento público à agências católicas por sua rejeição ao aborto e a imposição de leis que pretendem redefinir o matrimônio e a família, o Arcebispo assinalou a grande entrada que a Fé significa para o bem estar da sociedade.

“Através da Fé entendemos que cada pessoa está chamada a compartilhar a vida de Deus”, explicou Dom Lori. “Através da Fé vemos mais eficazmente o que deveria ser uma sociedade humana verdadeiramente justa e recebemos a força que necessitamos para construir uma verdadeira civilização da verdade e do amor.”

A participação da Igreja na conquista do bem comum não se expressa somente no enorme trabalho social de assistência humanitária, saúde e educação, pregou o prelado, mas em seu “testemunho de Cristo Jesus, seu testemunho dessas verdades morais e esses valores sem os quais não se pode florescer uma democracia”.

Finalmente, Dom Lori chamou a atenção sobre a urgente necessidade de proteger a liberdade religiosa não só nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo. “Estamos vivendo em uma era de mártires”, alertou o Arcebispo “quando os crentes são torturados e assassinados porque são crentes em lugares como o Irã, Iraque, China e Nigéria.”

Diante desta situação, o também secretário do Comitê Ad Hoc para a Liberdade Religiosa da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) motivou os católicos a trabalharem com maior compromisso. “Mantenhamos a chama da Fé e a chama da liberdade ardendo brilhantes não somente para nossos filhos e os filhos de nossos filhos”, concluiu, “mas também pelo bem desses crentes perseguidos que veem em nossa forma de governo e em nossa grande terra um farol de esperança”. (GPE/EPC)

Com informações da CNA.

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