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Celebrações especiais em Ho Chi Minh pelos 25 anos da canonização de mártires vietnamitas

Ho Chi Minh – Vietnã (Segunda-feira, 24-06-2013, Gaudium Press) A Igreja do Vietnã celebrou o aniversário da canonização dos santos mártires que deram sua vida pela Fé entre os anos de 1638 e 1886 em terras vietnamitas, sendo declarados Santos em 1988 pelo Beato João Paulo II. Vinte e cinco anos após a sua ascenção aos altares, diversas celebrações religiosas ocorreram nas paróquias da cidade de Ho Chi Minh, seguindo o chamado do Arcebispo Dom Jean Baptiste Pham Minh, segundo informou a Asia News.

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Mosaico dos Santos Mártires dO Vietnã, Capela
de Nossa Senhora de La Vang, Washington.

“Neste Ano da Fé, celebramos o 25º aniversário da canonização dos mártires vietnamitas”, anunciou em uma Carta Pastoral Dom Pham Minh. “Através desta celebração, podemos entender o amor de Deus até nós”. A Igreja no Vietnã tem sofrido perseguições e severas restrições à liberdade religiosa sob o regime comunista, ao qual relaciona a experiência da Fé dos mártires com sua própria vivência.

A festa litúrgica dos mártires vietnamitas é celebrada no dia 24 de novembro e comemora os 117 santos (entre os quais encontram-se oito Bispos, 50 sacerdotes e um seminarista) que com numerosos crentes deram a vida durante a perseguição realizada pelas autoridades entre os séculos XVII e XIX. Crianças, mulheres e anciãos também figuram entre as vítimas, e a canonização que reconheceu a santidade e valentia dos católicos enfrentou a forte oposição do governo vietnamita, que interpretou o ato sob as circunstâncias políticas de sua própria opressão à religião.

O Padre Dominic Dinh Le Ngoc, Vigário paroquial de Ho Chi Minh, comparou a relação dos mártires com o povo católico com um exemplo da natureza. Assim como as árvores “tem raízes”, as águas “tem suas fontes” e “nós temos ancestrais, avós e pais”, a Igreja no Vietnam tem os seus mártires, a quem deram suad vidad para transmitir a Fé às novas gerações. “Deles recebemos a graça da Fé e a extensão da Boa Nova”, comentou.

O Padre Dominic denunciou por sua vez as atuais ameaças à liberdade religiosa no país, expressadas em fatos de violência em algumas províncias, prisões não justificadas e repressão, além de recentes confiscações de bens da Igreja.

A Santa Sé continua em seu trabalho por garantir a liberdade religiosa no país através da busca de acordos diplomáticas com o regime e tem obtido sinais de melhoria nas condições dos católicos. (GPE/EPC)

Com informações da Asia News.

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