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Papa fala sobre importância da educação a bispos da CEI reunidos em Assembleia

Cidade do Vaticano (Sexta, 29-05-2009, Gaudium Press) OPapa Bento XVI discursou ontem aos bispos italianos que se encontraram para a 58ª Assembleia Geral da CEI (Conferência Episcopal Italiana), na Sala do Sínodo, no Vaticano. A assembleia, que teve início na terça, dia 26, e vem sendo coordenada pelo próprio presidente da conferência, cardeal Angelo Bagnasco, versa esse ano discutem sobre o tema: “A questão educativa: o dever urgente da educação”.

Bento XVI iniciou sua alocução afirmando que, para que qualquer processo educacional seja bem sucedido, é necessário estabelecer um vínculo de confiança entre as partes.

“Em uma época em que é forte o fascínio de concepções relativistas e niilistas da vida, e até a legitimidade da educação é colocada em discussão, a primeira contribuição que podemos oferecer é aquela de testemunhar a nossa confiança na vida e no homem, na sua razão e na sua capacidade de amar. Essa não é fruto de um ingênuo otimismo, mas provém daquela “esperança confiante” (Spe salvi, 1)que nos é dada mediante a fé na redenção operada por Jesus Cristo. Em relação a este fundamentado ato de amor pelo homem pode surgir uma aliança educativa entre todos aqueles que têm responsabilidade nesse delicado campo da vida social e eclesial”.

Ainda segundo o pontífice, “a dificuldade de formar autênticos cristãos se entrelaça até confundir-se com a dificuldade de fazer crescer homens e mulheres responsáveis e maduros, em cuja consciência da verdade e do bem e livre adesão a esses estejam no centro do projeto educativo, capaz de dar forma a um percurso de crescimento global devidamente predisposto e acompanhado. Para isto, junto a um adequado projeto que indique o fim da educação à luz do modelo realizado a ser seguido, são necessários educadores respeitáveis aos quais as novas gerações possam olhar com confiança.” lembrou. “Um verdadeiro educador coloca em jogo em primeiro lugar a sua pessoa e sabe unir autoridade e exemplaridade no dever de educar aqueles que lhe são confiados.”

Por conta da tônica do Ano Sacerdotal, o Santo Padre ponderou que uma sociedade educada e instruída é importante também para o trabalho missionário do clero: “Somos convidados, junto aos nossos sacerdotes, a redescobrir a graça e o dever do ministério presbiterial. Ele é um serviço para a Igreja e para o povo cristão que exige uma profunda espiritualidade. Em resposta à vocação divina, tal espiritualidade deve nutrir-se da oração e de uma intensa união pessoal com o Senhor para poder servi-Lo nos irmãos através da pregação, dos sacramentos, de uma ordenada vida de comunidade e da ajuda aos pobres. Em todo o ministério sacerdotal é de fundamental importância o empenho educativo, para que cresçam pessoas livres e responsáveis, cristãos maduros e conscientes.”

Após falar sobre educação, o Papa citou sua recente viagem à região de Abruzzo, fortemente atingida pelo terremoto de abril, na Itália, e novamente manifestou solidariedade aos bispos locais. “Pude, na minha visita àquela terra tragicamente ferida, verificar pessoalmente os lutos, a dor e os desastres produzidos pelo terrível sisma, mas também a força de ânimo daquelas populações junto ao movimento de solidariedade que prontamente chegou de todas as partes da Itália. Desejo renovar aos Bispos abruzzeses e, através deles, às comunidades locais, a certeza da minha constante oração e da persistente afetuosa proximidade.”

Voltando ao tema Educação, o papa finalizou seu discurso recordando a importância da
promoção de uma mentalidade em favor da vida, em todos os seus aspectos e momentos, com especial atenção à vida marcada por condições de grande fragilidade e precariedade, uma clara alusão à problemática do aborto e dos pobres.

 

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