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Não devemos nos limitar a escutar as palavras; é importante saber distinguir a Palavra, diz bispo Erexim

Erexim (Quarta-Feira, 24/04/2013, Gaudium Press) Com o título “Cristo bom pastor”, dom José Gislon, bispo da diocese de Erexim, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, aborda em seu mais recente artigo a importância de nos mantermos vigilantes na escuta da voz de Jesus Cristo, nosso Senhor e Pastor.

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O prelado explica que nos tempos de Jesus, os rebanhos de ovelhas de vários donos eram guardados em um único aprisco, para poderem passar a noite em segurança. Segundo ele, na manhã seguinte, bastava que cada pastor chamasse suas ovelhas, estas sabiam distinguir sua voz e o seguiam: uma espécie de reconhecimento e de pertença, tornada possível através da voz.

“Nós mesmos, estando ainda no ventre de nossa mãe, começamos a conhecê-la através da sua voz; e, quando viemos à luz, foi mais uma vez a voz que possibilitou o reconhecimento, mesmo antes dos olhos se abrirem para distinguirmos quem era nossa mãe”, compara o bispo.

Para dom José, na nossa vida de fé não devemos nos limitar a escutar as palavras, mas é importante saber distinguir a Palavra. De acordo com ele, a transmissão da fé se dá através da catequese, mas não só a catequese organizada nas nossas comunidades, que acontece graças ao empenho amoroso de centenas de catequistas, e que tem um papel muito importante na vida e na formação das nossas crianças e jovens.

O bispo recorda que há uma outra fase da catequese, que anda meio esquecida e é fundamental que seja retomada: a catequese familiar, aquela que deveria acontecer nos primeiros anos da nossa vida no convívio familiar, através da voz da mãe e do pai. “No convívio familiar, nós sabemos distinguir a voz daqueles que nos amam e fazem parte da nossa vida. Aquilo que eles nos ensinam, pode até ficar adormecido por um tempo, mas não esquecido, porque faz parte da formação que levamos para a nossa vida.”

Por fim, o prelado afirma que catequizar é transmitir a fé que recebemos para as pessoas que amamos e fazem parte da nossa história familiar e comunitária. Ele alerta que o pecado da omissão ronda as famílias e tira das crianças o direito de ouvirem a voz do Cristo bom Pastor, do “vem e segue-me”, e de serem instruídas na fé.

“O Cristo Jesus, que se tornou o cordeiro imolado na cruz, nos mantenha vigilantes na escuta da sua voz, para transmitirmos às nossas crianças e jovens a fé em Deus e a esperança na vida eterna”, conclui. (FB)

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