“O sacerdote é uma manifestação do carinho do Bom Pastor para com cada um de nós”, afirma o bispo de Frederico Westphalen
Frederico Westphalen (Quinta-Feira, 18/04/2013, Gaudium Press) “O bom pastor” é o título do último artigo de Dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no Estado do Rio Grande do Sul. No texto, o prelado afirma que Jesus Cristo se serve da imagem do bom pastor para nos explicar a missão que o Pai lhe entregou e, em união com Ele, a todos os seus discípulos e também a nós, que é a de ovelhas do seu rebanho.
Segundo Dom Antônio, o pastor é uma figura de todas as épocas, porque os rebanhos serão sempre necessários. Ele destaca que o pastor e o rebanho constroem uma vida em comum, pois o pastor existe para o rebanho, e vive do rebanho (o leite, as crias e os subprodutos). O bispo diz que o pastor e a ovelha caminham juntos e se dirigem para o mesmo lugar, provisoriamente para o abrigo na montanha e, finalmente, para o redil em casa.
“Jesus Cristo se serviu desta imagem para nos ajudar a entender a nossa relação com Ele, e a d’Ele conosco. Vive para nós, dá-nos, não apenas o tempo, mas a sua vida em alimento. Quis perpetuar os seus cuidados de Bom Pastor, no anúncio da Palavra de Deus, no perdão dos pecados e na administração dos Sacramentos, instituindo o sacerdócio ministerial”, salienta.
Portanto, explica o prelado, o sacerdote é, apesar das suas fragilidades, uma manifestação do carinho do Senhor, o Bom Pastor, para com cada um de nós. Para ele, a missão do sacerdote é, por vontade de Jesus Cristo, a continuação da missão que o Pai lhe entregou, quando se fez um de nós. “Para que tenham vida”. Conforme Dom Antônio, é esta a finalidade última de toda a ação pastoral: para que as pessoas vivam em graça, como bons filhos de Deus.
“Com esta finalidade, o sacerdote proclama a Palavra de Deus, explica-a o melhor que sabe e pode. Não é fácil a pregação. Encontramos pessoas de todas as idades, com uma diversidade muito grande de cultura, e muito diversificadas na sua relação com Deus (cristãos fervorosos, tíbios e desinteressados). É uma missão que requer muita coragem, porque aqueles que dormem não gostam nada de quem os acorda.”
Dom Antônio também ressalta que o sacerdote administra os Sacramentos, não é dono e senhor deles, mas como a palavra o dá a entender, ele é apenas um administrador que dará contas a Deus do modo como o fez. “Também ele obedece ao que Jesus Cristo, pela Hierarquia da Igreja, lhe manda”, completa. De acordo com o bispo, os padres fazem oração, ensinam as pessoas a falar com Deus e tem por missão rezar.
No entanto, o prelado reforça que na vida dos sacerdotes existem muitas dificuldades. “Ao verem a multidão, (os judeus) encheram-se de inveja e responderam com blasfêmias.” Para ele, essa atitude dos ouvintes de Paulo e Barnabé levanta dentro de nós uma pergunta a que cada um, no seu íntimo, deve responder: Por que o anticlericalismo está presente no meio em que vivemos?
“O sacerdote tem de ser incômodo. Afinal, é apenas um irmão mais velho que nos quer ajudar. Sendo cheio de defeitos e fraquezas, enquanto luta para tornar mais perfeita a sua vida, deixa transparecer a ação de Jesus Cristo. Assim compreendemos logo que o bem realizado não é obra de um homem frágil, mas de Deus. É, por vocação, mensageiro da paz e da alegria. Distribui a alegria e a paz de mãos cheias no Sacramento da Reconciliação e Penitência”, avalia.
Por fim, Dom Antônio enfatiza que o sacerdote é um companheiro de viagem a caminho do Céu, porque Deus quer fazer passar a nossa alegria de viver pela missão de homens que precisam também de quem os ajude a manter o otimismo na sua missão. “Rezemos hoje e sempre pelos sacerdotes, religiosos e religiosas e, especialmente, pelos vocacionados e seminaristas. Para que Deus suscite muitas vocações entre nós, afim de que nunca falte a presença amiga de um sacerdote, de um religioso ou religiosa junto de nós.” (FB)
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