Sacerdote herói da Guerra da Coreia recebe Medalha de Honra
Washington – USA (Quinta-feira, 11-04-2012, Gaudium Press) – Na Coreia do Norte, há mais de 60 anos, morria em um campo de concentração comunista o Padre Emile Kapaun. Depois de tanto tempo ele será reconhecido como herói pelas autoridades norte americanas.
Padre Emile Kapaun. Foto: Cortesía Diócesis de Wichita |
Padre Emile Kapaun receberá, post mortem, a Medalha de Honra, a maior honraria militar que os Estados Unidos concedem.
A cerimonia para a outorga do reconhecimento e a condecoração será hoje, 11 de abril.
O Padre Kapaun nasceu em Pilsen, Kansas, nos Estados Unidos de uma família de agricultores. Foi ordenado sacerdote na Diocese de Wichita, em junho de 1940. Tornou-se Capelão do Exército em 1944 e serviu até 1946. Reingressou no serviço militar em 1948, sendo enviado para a Coreia em julho de 1950, onde destacou-se pelos serviços prestados a seus compatriotas.
Roy Wenzl, co-autor de “O milagre do Padre Kapaun” afirma que ele “Corria pelo campo de batalha resgatando os feridos. Às vezes se afastava a mais de 50 ou 100 metros para além da linhas americanas para trazer alguém de volta”. “Em Unsan, ficou com os feridos e deixou-se ser capturado para poder protegê-los”.
Como prisioneiro dos comunistas em um campo de concentração, em Pyaoktong, na fronteira com a China, o Padre Kapuan ajudava seus companheiros de prisão da maneira “mais prática e engenhosa na solução dos problemas”, disse Wenzl.
Mike Dowe recorda-se vivamente desses dias, apesar de seus 85 anos de vida. Ele conheceu o Padre Kapuan depois de ter sido preso, quando foram obrigados a caminhar mais de 150 quilômetros até o campo de concentração de prisioneiros em Pyaoktong. Dowe ainda se lembra que a taxa de mortalidade dos prisioneiros nos vales próximos era dez vezes maior que em Pyoktong. Ele atribui essa diferença à presença e influência do Padre Kapaun.
“Ele os ensinou a manter a vontade de viver, ensinando-os a manter sua crença, a honra, a integridade e a harmonia com sua consciência, sua lealdade a seu país e a Deus”, sustenta Dowe assegurando que uma “boa maioria” dos homens que sobreviveram aos tormentos de Pyoktong devem sua vida ao Kapaun”.
Até o fim de sua vida, o Padre Kapuan administrou os sacramentos a seus companheiros de prisão. Batizava, atendia confissões constantemente, ungiu mutos enfermos e celebrava Missa. Ele também se oferecia como voluntario para realizar os trabalhos mais humildes e difíceis em seu acampamento onde estava preso. Todos os dias ajudava a retirar cadáveres congelados daqueles que sido mortos na noite anterior e os levava a uma ilha no Rio Yalu para enterrá-los. E aquele foi um dos mais brutais da história da Korea.
Padre Kapaun morreu a 23 de maio de 1951, tendo sido enterrado em uma fossa comum junto ao Rio Yalu. ele foi levado agonizante por seus algozes para a chamada “casa da morte, onde eram deixados para morrer os prisioneiros graves.
DoWe ainda se recorda: “Enquanto ele ia sendo levado , eu me pus a chorar e ele me disse: ‘Mike, não fique triste, estou indo para onde sempre quis ir. Quando chegar lá, vou rezar por todos vocês”.
Com informações EWTN
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