“A Igreja renova seu compromisso de opção pelos jovens feito em Puebla”, afirma o arcebispo de Londrina

Londrina (Quarta-Feira, 27/02/2013, Gaudium Press) Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, no Estado do Paraná, em seu mais recente artigo, intitulado “Dialogando com os jovens”, reflete sobre a Campanha da Fraternidade de 2013, que vai levar toda Igreja católica a estreitar o diálogo com os jovens. Para o arcebispo, é fácil criticar os jovens, mas é preciso apoiá-los, ouvi-los e com eles aprender através do diálogo e da interação das gerações.

O prelado também nos lembra que o bem vence perdendo; o mal perde ganhando, ou seja, o mal perde vendo e o bem ganha perdendo. Segundo o prelado, Deus no seu amor sempre nos rejuvenesce porque levanta da poeira os indigentes; retira os pobres do lixo; faz da estéril, mãe feliz. “Ele nos liberta das cordas da morte e dos laços do abismo; enxuga nossas lágrimas e livra nossos pés do tropeço. Jovens, nesta Campanha da Fraternidade podemos dizer que pais e filhos, adultos e jovens, Igreja e juventude se abraçarão”, afirma.

De acordo com dom Orlando, a fé nos atesta que Deus confia-nos como atestam as Escrituras: ele faz justiça aos oprimidos, dá alimento aos famintos, liberta os cativos, abre os olhos aos cegos, ergue os caídos, protege o estrangeiro, ampara órfão e a viúva e confunde os maus. Ele salienta ainda que é bom termos fé, pois nossos horizontes se abrem, o coração se dilata, as mãos se abrem e os pés tornam-se velozes na busca do irmão e da paz.

“A fé nos leva a remar contra a corrente e nos confere forças para fazer a diferença. Não tenhamos medo de ser diferentes em uma cultura massificada como a nossa. Um jovem cristão não se acomoda aos ditames da sociedade secularizada”, destaca o arcebispo.

O prelado aproveitou a sua reflexão para citar as palavras do papa João Paulo II na festa do jubileu da juventude: “Jovens, não sejais mercadores da ilusão, viajem sem bagagem, adoradores da ética da satisfação, escravos do barulho e da euforia; nem vítimas da cultura da morte”. Conforme dom Orlando, o Papa bem sabia que Jesus Cristo suscita ideais; atrai, seduz, fascina a todos, mas, de modo particular a juventude.

“Jesus é um paciente companheiro de viagem que sabe respeitar os tempos e os ritmos do coração dos jovens. Jesus Cristo é o melhor confidente da juventude, que jamais se cansa de esperar e só ele têm palavras que resistem às ilusões do mundo. Então jovens, acolhei o olhar amigo de Jesus. Experimentai a beleza da amizade com Cristo e a paz que ele permite habitar em nossos corações. É assim que vencemos o maligno e somos fortes, descobrindo-nos filhos e filhas amados pelo Pai que nos deu seu Filho”, ressalta.

Por fim, o arcebispo enfatiza que a Campanha da Fraternidade tem como objetivo geral ajudar os jovens no seguimento de Jesus Cristo, na participação da vida da Igreja e na colaboração em favor de uma nova sociedade. Com isso, continua dom Orlando, os jovens receberão um benefício estimado para se relacionarem com seus pais, para assumirem com responsabilidade seus estudos, para participarem da realidade política, para conseguirem emprego e se realizarem na vida.

“Portanto, a partir de Cristo Jesus, a Igreja renova seu compromisso de opção pelos jovens feito em Puebla. A Campanha da Fraternidade já é um passo na direção da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho deste ano, no Rio de Janeiro”, conclui. (FB/JS)