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Novo Arcebispo de Manaus conta um pouco de sua história

Manaus – Amazonas (Quinta-feira, 21-02-2013, Gaudium Press) O novo Arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Eduardo Castriani, que toma posse no próximo sábado, 23, em entrevista ao informativo da Arquidiocese, narrou um pouco de sua caminhada missionária, a missão de assumir a Arquidiocese de Manaus e as perspectivas para o trabalho a ser realizado na capital amazonense.

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Dom Sérgio contou que quando entrou para a Congregação do Espírito Santo sabia que iria para a Amazônia, pois a ordem trabalhou na região durante meio século, ou iria para a África, continente onde vivem e de onde vem a maior parte dos “espiritanos”, como são conhecidos. Portanto, ir para a Amazônia logo depois da ordenação foi uma consequência de sua opção pela vida espiritana.

Segundo o prelado, atualmente os grandes desafios da Igreja no Brasil, e também da Arquidiocese de Manaus, são a Missão, a Formação e o Fortalecimento das Comunidades. “Colocar a Palavra de Deus no centro das nossas vidas também representa um outro desafio. Fazer com que a nossa liturgia, catequese, ação social, enfim toda a nossa vida seja uma resposta à Palavra, contida nas Escrituras, mas que é o próprio Jesus Cristo, o Verbo encarnado”, declarou.

Sobre o trabalho das pastorais, o novo Arcebispo afirmou que pretende participar ativamente dentro de suas possibilidades, destas estruturas, ouvindo, aprendendo, e contribuindo para que a pastoral seja realmente de conjunto.

Quando indagado sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2013, Dom Sérgio ressaltou que a Juventude deve ser prioridade sempre, pois aí está o futuro e sobretudo o presente da sociedade e da Igreja. Infelizmente é o segmento que mais sofre as mazelas da sociedade.

“Há anos se vem pedindo uma Campanha da Fraternidade com este tema. A última vez foi em 92. Se somos uma Igreja Missionária, de comunhão, centrada na Palavra, a serviço da vida, e se queremos levar todos e todas a iniciação cristã, não podemos deixar de priorizar a Pastoral da Juventude e todos os movimentos, comunidades e organizações que a evangelizam abrindo espaço para a vida cristã e o exercício da cidadania”, explicou.

Dom Sérgio ensinou também que a Igreja é missionária por natureza e que “o primeiro mandamento missionário é o mandamento do amor. Amar é sair de si mesmo, romper os próprios limites e preocupações e deixar que o outro e suas necessidades mostrem o caminho. Foi o que aconteceu com o samaritano na parábola que Jesus contou. É a dimensão do serviço. A Igreja não vive para si, mas está a serviço da humanidade”.

O rádio foi lembrado pelo prelado como um meio de comunicação próprio para a missionariedade da Igreja. “Numa região como a nossa, parcelas numerosas de nossa população ainda tem no rádio o único meio de comunicação. Visitando as comunidades ribeirinhas se percebe a importância de nossas rádios de inspiração católica. Elas são muito ouvidas e apreciadas pelo serviço que prestam, informando, formando, divulgando. Fazem isto como serviço e assim evangelizam”.

Apesar dessa força do rádio, o Arcebispo exorta para que se invista também na televisão e sobretudo na internet. “Investir tecnicamente, formar comunicadores, estar atento às transformações sociais, ter muita consciência de nossa identidade cristã e católica. Penso que o caminho vai por aí”, concluiu.

Perfil

Dom Sérgio Eduardo Castriani é natural da cidade de Regente Feijó, interior de São Paulo. Formou-se na Congregação do Espírito Santo e foi ordenado sacerdote em 1978, sob o lema episcopal “Habitou entre nós”.

Há 34 anos tem sido um dedicado pastor na Amazônia e por 14 anos foi Bispo da Prelazia de Tefé. Também foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), quando acompanhou de perto a missão da Igreja no Brasil e fora dele. (EPC)

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